João Pessoa, 09 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O governo americano fechou um acordo de US$ 26 bilhões com os cinco maiores bancos do país para encerrar as acusações de que as instituições financeiras cometeram abusos contra proprietários durante o confisco de imóveis. É o maior acordo entre a indústria e o governo desde o pacto sobre o cigarro, em 1998, que alcançou US$ 206 bilhões.
Os bancos envolvidos na negociação são o Bank of America, Wells Fargo & Co., JP Morgan Chase, Citigroup e Ally Financial. O pacto cobre 49 dos 50 estados americanos.
Pouco depois do anúncio, o Banco Central americano (Fed, na sigla em inglês) informou que, como parte do trato, aplicará multas de US$ 766,5 milhões às cinco instituições devido às supostas irregularidades nos confiscos dos imóveis. As sanções são referentes a processos e práticas considerados pouco seguros nos serviços de empréstimos para hipotecas residenciais e no confisco dos imóveis, segundo comunicado da entidade.
O acordo do governo com os bancos encerra mais de um ano de negociações que começaram em 2010, com o surgimento de evidências de que as instituições financeiras assinaram milhares de documentos de confisco sem revisar adequadamente a papelada.
O governo americano espera que o acordo traga alívio ao setor imobiliário, pois vai forçar os bancos a reduzir o valor das hipotecas em uma época em que quase um em quatro devedores devem mais em hipotecas do que o valor total de seus imóveis.
O acordo de US$ 26 bilhões inclui US$ 5 bilhões em pagamentos para estados e autoridades federais, US$ 17 bilhões em créditos para o alívio de pagamentos a devedores, cerca de US$ 3 bilhões em refinanciamento e US$ 1 bilhão para a Administração Federal.
O alívio no pagamento será concedido no decorrer dos próximos três anos, e os bancos receberão incentivos para fornecer a maior parte deste benefício nos próximos 12 meses. As instituições financeiras também terão que melhorar seus procedimentos para a concessão de hipotecas. Em troca, as autoridades não vão investigar queixas contra os bancos citados envolvendo as hipotecas.
IG
OPINIÃO - 22/11/2024