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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A despedida de Santiago

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publicado em 08/11/2011 ás 08h16

Ele fez tudo que estava ao seu alcance. Na campanha, conseguiu ultrapassar a votação de Efraim Morais, rival de mandato e vitaminado pela dobradinha com Cássio, e se beneficiou da onda e dos efeitos da Lei da Ficha Limpa.

No exercício do mandato, aproveitou todo o prestígio pessoal e do seu partido, o PMDB, para abocanhar logo de prima uma das vice-presidências da Casa. Pelo trânsito e articulação, conseguiu interpor agravos e adiar a decisão do STF por meses.

Wilson Santiago seguiu todo o script que dispunha para assumir, permanecer e até elastecer sua passagem pelo Senado da República. Os planos do peemedebista só não foram perfeitos porque o voto de Luiz Fux mudou tudo.

Do contrário, se não fosse o entendimento do ministro, que jogou a aplicação da Ficha Limpa para 2012, nem o 1 milhão de sufrágios garantiria a Cássio o direito de pisar nos tapetes azuis do Senado, mesmo vitorioso sem contestação.

Ontem, Santiago viu suas pretensões desmoronando. Da tribuna, voltou a invocar o princípio da ficha idônea dos ocupantes de cargos públicos e insinuou a ‘indignidade’ de Cássio para ocupar o posto do qual deserta agora por força do STF.

Despediu-se emocionado, tentando encontrar algum resquício de esperança para alimentar seus correligionários e a si próprio de que voltará ao mandato em algum tempo. No íntimo, ele sabe que só retornará, um dia, pelo poder das urnas. O da lei, o seu grande escudo nessa guerra, já não mais conspira ao seu favor.

No fechar…
No discurso final, Santiago foi contundente contra o seu rival de luta jurídica. “Não vamos permitir que os corruptos tomem conta do poder público…”.

Das cortinhas
“… Que aqueles que de fato não merecem exercer e denigram a imagem do estado exerçam mandato”, acunhou apontando sua metralhadora para Cássio.

As últimas balas jurídicas
Paralelo ao recurso impetrado no TSE contra a diplomação de Cássio, a defesa de Wilson também ingressará com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal. Os advogados alegam que o peemedebista não teve assegurado o amplo direito de defesa. Ele queria ficar no cargo até o julgamento do recurso no TSE.

O projeto do Bessa e a tréplica
Do leitor Max Nóbrega ([email protected]) sobre a rendosa polêmica da praia do Bessa. “Meu caro Petrúcio, sou morador do Bessa há mais de 30 anos e sei da importância deste equipamento para melhorar o bem estar de toda (ou quase) população deste bairro, meu caro”.

Max critica politização do tema
“Vá visitar a área e veja in loco que o calçadão será construído onde antes uns poucos avançaram suas casas, deixe de ser ecoidiota e veja o bem que certamente fará. Tenho uma filha de 3 anos e gostaria de poder passear de bicicleta ou andar por esta calçada antes dela completar 15 anos”.

Formalidade
A posse de Cássio no Senado será rápida e simples. Chamado a orar o tradicional juramento, o tucano não fará discurso. Vai ficar para outra hora.

Buraco
O Governo calcula, extra-oficialmente, que os prejuízos da greve do Fisco podem chegar a R$ 40 milhões. Para os padrões da Paraíba, uma fortuna.

Na veia
O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, foi na jugular: “A Paraíba tem 113 mil servidores. Deste total, somente 690 são agentes fiscais do Estado”.

Risco
“Esses 690, de forma intransigente, estão colocando em risco as finanças da Paraíba e a data base dos 112 mil e 310 servidores que esperam aumento”, disparou.

Reféns
A greve, na ótica de Carneiro, abre espaço para se repensar o modelo de arrecadação. “Três milhões de pessoas não podem ficar a reboque de uma minoria”.

Padrinho da greve
O senador Cícero Lucena (PSDB) abraçou mesmo a causa do Fisco. Ontem, a greve da categoria mereceu pronunciamento e discurso na tribuna do Senado.

Alfinetada
“Eu pensei que o senador iria à tribuna para explicar a matéria da Istoé que lhe deixou em maus lençóis”. Tirada sarcástica do vereador Bira Pereira (PSB).

Batendo na porta
Os médicos João Simões e Antônio Carneiro Arnaud, do Napoleão Laureano, embarcam hoje à Brasília para pedir apoio de deputados e senadores.

Nada de mais
O deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) classificou de gesto de maturidade os elogios proferidos pela sua mãe, Virgínia Veloso (Pilar), ao governador Ricardo.

Abre alas
A mídia do Governo começará pela divulgação das obras das estradas, ação que tem rendido receptividade ao governador nas andanças pelo Interior.

PINGO QUENTE “Mudar gera reação forte. Eu vim pra isso”. Do governador Ricardo Coutinho (PSB) avisando que não teme ranger de dentes de quem se sente contrariado pelas medidas amargas adotadas pelo Governo.

*Reprodução do Correio da Paraíba

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