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Nesta quarta-feira (24), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) realiza o ‘Dia D de Mobilização pela PEC do Diploma’. Jornalistas de todo o País estão convidados a participar da agitação pelas redes sociais. Basta vestir azul para ir trabalhar, tirar fotos ou fazer vídeos e publicar em seus perfis, marcado a Fenaj e o Sindicato do seu Estado. A atividade virtual faz parte da estratégia do ‘3º Ocupa Brasília’ pela restituição do diploma da categoria, que acontecerá na Capital federal. A mobilização vai até quinta-feira (25).
Na ocasião, dirigentes sindicais dos jornalistas de todas as regiões do Brasil vão dialogar com os líderes partidários sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 206/2012, que já foi aprovada em dois turnos no Senado Federal e agora será discutida e apreciada na Câmara dos Deputados.
“Nossa campanha pela volta de um critério de acesso à profissão tem o apoio da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Abej (Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo), Abrajet (Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo – Nacional) e SBPJor (Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo)”, comenta a presidenta da FENAJ, Samira de Castro.
Recentemente, os Conselhos Regionais dos Profissionais de Relações Públicas (Conrerps) também manifestaram apoio à luta dos jornalistas pela volta do diploma de nível superior específico.
Histórico – O primeiro curso de Jornalismo no Brasil foi criado em 1947, em São Paulo, pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. A graduação nessa área ganhou força na década de 1960, quando instituições de outros estados passaram a oferecer o curso. O diploma para o exercício do Jornalismo tornou-se exigência em 1969, o que possibilitou o crescimento e aperfeiçoamento dos cursos de graduação e especializações para os profissionais deste segmento de comunicação que só veio a fortalecer o mercado de trabalho nesta área.
A exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 17 de junho de 2009. A justificativa foi a de que exigir tal formação cerceava o direito à informação e à de expressão e que o diploma servia apenas aos interesses das instituições de ensino superior. Durante os 40 anos em que vigorou o diploma de jornalista, a existência de comunicadores populares, comentaristas e articulistas nunca deixou de existir ou foi cerceada.
Fernando Patriota, Especial para o MAISPB
Com Informações da Fenaj
OPINIÃO - 22/11/2024