João Pessoa, 06 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A embaixada dos Estados Unidos alertou, em nota, os cidadãos americanos em visita ao Brasil sobre a crise de segurança na Bahia. No comunicado, o governo dos EUA pede para que os visitantes considerem a possibilidade de adiar viagens não essenciais ao Estado até que "as condições de segurança se estabilizem". O governo americano apela ainda para que os americanos monitorem, pelos meios de comunicação, os desdobramentos da crise, provocada pela greve da Polícia Militar, iniciada em 1º de fevereiro. Até o momento, não houve relatos de violência contra cidadãos americanos na área.
A greve ocorre faltando menos de 15 dias para o início do carnaval, sendo que Salvador é um dos principais destinos de turistas estrangeiros. A embaixada dos EUA relata a ocorrência de "arrastões", saques em lojas e o bloqueio de avenidas e ruas com grande movimento por conta da crise de segurança. O comunicado reforça que a paralisação da PM afeta destinos populares para turismo e negócios de Salvador (BA). O informe pondera que forças federais de segurança foram chamadas, e estão em deslocamento para manter a ordem no Estado.
"Os cidadãos americanos estão sendo alertados para monitorar pela imprensa as condições de segurança em Salvador e no estado da Bahia e considerar o atraso de qualquer viagem não essencial a essas áreas até que as condições de segurança se estabilizem", afirma o comunicado.
A nota finaliza com uma série de telefones e outros meios para que os americanos entrem em contato com a embaixada.
Chile: diplomata recomenda que não viajem para a Bahia
O cônsul do Chile no Rio de Janeiro, Samuel Ossa, recomendou a seus compatriotas que não viajem à Bahia, onde está sendo realizada uma greve policial que já causou diversos episódios de violência.
– Apesar das Forças Armadas estarem controlando os setores turísticos, eu não recomendaria a ninguém viajar, porque não se sabe o que vai acontecer … Pelo menos não até que termine esta situação – disse o diplomata ao site do jornal chileno El Mercurio.
Ele destacou que "os locais turísticos estão mais controlados", mas que isso não garante que "de repente" as forças do Exército não "entrem na Assembleia (Legislativa, onde se encontram amotinados os policiais) e cheguem atirando e que sobre para algum turista".
O Globo
OPINIÃO - 22/11/2024