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“O dinheiro não cresce em árvores!” é um ditado popular que enfatiza a ideia de que o dinheiro não é algo facilmente obtido, exigindo esforço e dedicação para conquistá-lo. Significa que o dinheiro não surge espontaneamente, mas é resultado de trabalho árduo e constante, algo que se conquista merecidamente na economia de mercado.
A palavra “dinheiro” tem suas raízes no latim denarius, uma antiga moeda de prata utilizada como unidade monetária no Império Romano. O termo denarius deriva de “deni”, significando “dez cada”, indicando o valor da moeda em relação ao sistema de pesos e medidas romano. Com o tempo, esse termo evoluiu para “dinheiro” em várias línguas, incluindo o português.
O denarius foi uma das moedas mais importantes e duradouras do Império Romano, mantendo sua relevância econômica e simbólica por aproximadamente seis séculos. Introduzido por volta do século III a.C., permaneceu como uma das principais moedas até o século III d.C., destacando-se como uma unidade monetária romana de importância ímpar e desempenhou um papel significativo na expansão e estabilidade do Império Romano.
Atualmente, no Brasil, a nona maior economia do mundo, apenas o Banco Central do Brasil (BCB) detém a autoridade para criar moeda no país, enquanto a Casa da Moeda é responsável pela produção física da moeda brasileira, o real. O BCB é responsável por regular o sistema financeiro, controlar a política monetária e emitir moeda. Ele exerce esse controle por meio de suas operações de mercado aberto, definindo a quantidade de dinheiro em circulação na economia de acordo com as metas de inflação e estabilidade econômica estabelecidas pelo Governo Federal. Portanto, o BCB é a instituição responsável pela criação e regulação da moeda no emergente Brasil.
É importante ressaltar que as funções da moeda podem ser divididas em três principais: meio de troca, reserva de valor e unidade de conta. Ela facilita transações econômicas, permite o armazenamento de valor ao longo do tempo e fornece uma medida comum para expressar o valor de bens e serviços. Essas características fundamentais da moeda são essenciais para o funcionamento eficiente do sistema capitalista.
No contexto brasileiro, muitas famílias enfrentam sérias dificuldades financeiras por diversas razões, incluindo o desemprego, os baixos salários, o aumento do custo de vida, o endividamento excessivo e a falta de educação financeira. Esses fatores contribuem para a escassez de recursos financeiros em muitos lares do país, tornando imprescindível considerar o papel do dinheiro na busca pela liberdade financeira e a diversificação das fontes de renda como medidas cruciais nesse cenário.
É preciso revelar que o endividamento excessivo pode levar a uma situação em que uma parte significativa da renda da família é direcionada para o pagamento de dívidas, deixando menos dinheiro disponível para outras despesas mensais. O contingente de inadimplentes no Brasil já alcançou 72,8 milhões de pessoas em março de 2024, conforme a SERASA.
Com certeza, o desemprego é uma das principais causas da falta de dinheiro em muitas famílias brasileiras. Quando os membros da família perdem seus empregos ou têm dificuldade em encontrar trabalho formal, é difícil manter uma casa. A taxa de desemprego no Brasil aumentou de 7,4% no quarto trimestre de 2023 para 7,9% no primeiro trimestre de 2024. São 8,6 milhões de desempregados nas cinco regiões do país, de acordo com o IBGE.
Infelizmente, no Brasil, muitas empresas privadas pagam salários baixos, o que dificulta o sustento do trabalhador e de sua família com as despesas básicas do dia a dia e os gastos mensais. Essa questão vai além das dificuldades financeiras, afetando diretamente a saúde mental e o desempenho no trabalho. Imagine a diferença que um salário justo faria na vida de um trabalhador, não apenas seria capaz de cobrir todas as suas despesas mensais, mas também permitiria momentos de lazer na praia ou pelas ruas de uma cidade histórica. Esse não é apenas um cenário ideal, mas também uma estratégia empresarial inteligente para aumentar a produção e a produtividade e ao mesmo tempo melhorar o bem-estar dos colaboradores em plena Indústria 4.0.
O aumento do custo de vida dificulta também o acesso ao dinheiro. O aumento dos preços dos alimentos, remédios, transporte, moradia e outros bens e serviços essenciais pode impactar o orçamento das famílias brasileiras, especialmente aquelas com renda baixa. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses foi de 3,93% em março de 2024, segundo o IBGE.
Finalizando, políticas públicas e estratégias empresariais que promovam o emprego formal, salários justos, controle da inflação e programas de educação financeira são essenciais para auxiliar as famílias brasileiras na gestão de suas finanças e alcançar a liberdade financeira. A melhor forma de ter dinheiro é acordar cedo e trabalhar muito.
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OPINIÃO - 22/11/2024