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CLIMA TENSO

Militares cercam Assembleia da Bahia; há registro de tumulto

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publicado em 06/02/2012 ás 09h24

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que os métodos usados por uma parte dos grevistas da Polícia Militar do Estado são "coisa de bandido", e acrescentou que não vai ter negociação e anistia a esses policiais. A informação foi dada ontem em entrevista aos repórteres Graciliano Rocha e Fábio Guibu e publicada na edição desta segunda-feira da Folha. A reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo

Na entrevista, o governador apontou o envolvimento de policiais em tomadas de ônibus para bloquear vias e a alguns do assassinatos nos últimos dias. Desde o início da greve, na noite de terça-feira (31), 93 homicídios foram registrados na região metropolitana.

O governador afirmou que a greve na Bahia está sendo orquestrada nacionalmente para pressionar a aprovação da PEC-300, a proposta de emenda constitucional que cria um piso nacional para os policiais.

O clima é tenso nesta segunda-feira no entorno da Assembleia Legislativa, ocupada pelos grevistas. O local está cercado e houve registro de tumultos. O grupo negou a proposta de reajuste de 6,5% e afirmou que vai reagir em caso de invasão.

CONFUSÃO –Há princípio de confusão. No começo da manhã, um policial militar furou o cerco montado por homens do Exército e da Força Nacional ao redor da Assembleia e se juntou aos grevistas. Ele foi perseguido por um policial da Força Nacional, que desistiu ao perceber um grupo de PMs saudar o colega.

Familiares e policiais grevistas que estão do lado de fora da Assembleia também tentaram invadir o prédio na manhã de jpke. Eles foram contidos por homens do Exército, que dispararam balas de borrachas no chão. Policiais da Tropa de Choque da Polícia Militar foram chamados e isolaram o grupo.

CERCO- A Assembleia Legislativa da Bahia –ocupada por PMs grevistas desde a semana passada– está cercada desde a madrugada de hoje.

Segundo o Exército e a Força Nacional, o objetivo do cerco é prender policiais militares que tiveram mandado de prisão decretado pela Justiça. Segundo a Segurança Pública da Bahia, os PMs com mandado são líderes do movimento e teriam praticado atos de vandalismo.

Ontem (5), foi preso um dos 12 policiais militares grevistas que tiveram a prisão decretada. Segundo a secretaria, ele é acusado de formação de quadrilha e roubo de um carro da corporação.

Ele é lotado na Coppa (Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental) e foi preso pelo comandante da companhia. Além de responder pelos crimes, o policial vai passar por um processo administrativo na própria corporação.

Folha