Cavalaria da Presidência executa “Ai, se eu te pego” em troca da bandeira

Uma cena inusitada foi registrada na tarde desta sexta-feira (3), nas imediações do Palácio do Planalto. Ao cumprir o ritual semanal da troca da guarda, cerca de 30 homens do Regimento de Cavalaria de Guardas da Presidência da República pararam o trânsito no rápido périplo entre a espécie de QG que os acomoda e a sede do Executivo. Até aí nada de mais – a novidade foi uma das músicas entoadas pela banda militar, entusiasticamente executada no ritmo da marcha sob o sol. Sim, ela mesma: o hit internacional “Ai, se eu te pego”, que ganhou os quatro cantos do planeta na voz do cantor Michel Teló depois que o craque do Real Madri Cristiano Ronaldo, instruído pelo “coreógrafo” brasileiro e companheiro de time Marcelo, comemorou um gol com a maliciosa dancinha da música.

Ao chegar ao Senado por uma via interna que passa por trás do Palácio do Planalto, a reportagem viu quando o regimento se dirigiu à rampa presidencial, onde a “performance” chega ao fim. Mas, infelizmente, não foi possível fazer o registro de imagem ou som, uma vez que o repórter estava ao volante. Na hora do show, a presidenta Dilma Rousseff despachava no terceiro andar do prédio, logo depois de um telefonema com o presidente do México, Felipe Calderón.

O calor de mais de 30 graus não prejudicou a inspiração musical do grupamento, devidamente trajado com a farda branca que só deixa o rosto de fora. Além da música-chiclete, cujo vídeo oficial bate todos os recordes de exibição no, o repertório dos cavalariços, que tem novidades a cada semana, incluiu o tema militar de praxe. Duas ou três músicas civis também são executadas semanalmente, segundo informações da assessoria da Presidência da República.

O rito marca a troca da bandeira nacional hasteada em frente ao Palácio do Planalto. Todas as sextas-feiras o procedimento é repetido pelo regimento de cavalaria, ao som da banda militar. No sábado, a bandeira é novamente hasteada, e em ambos os dias a cena é geralmente presenciada por turistas e curiosos que se aglomeram na Praça dos Três Poderes, que fica separada do Planalto por apenas uma pista.

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