João Pessoa, 11 de maio de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu ia escrever sobre o enfraquecimento da espécie, mas não foi Charles Darwin que indicou que todo /bɔ̃ vi’vɑ̃/ cospe no prato que come, coisas da espécie. Aí resolvi deixá-lo no passado.
Um pastor de Campina Grande reclamou: disse no culto que não precisava salvar os animais da tragédia do Rio Grande do Sul, só os humanos. Os fiéis bateram em retirada. Eu queria entrevistá-lo, aí pensei no cultismo e desisti.
Antes de morrer conheça o romance “Mesmo se a tempestade chegar”, de Paulo Pera que é Paulo Perazzoli, um ator curitibano que criou as próprias histórias para dar vida aos seus personagens, que nem eu.
Tem um grupo “paraibanal” (neolismo do K) que agita a cafonice manipulando e alega pregar o bem social, mas abram os olhos – a saída será um código, que é uma representação, que terá como função oferecer novos sinais.
Ouvi de um acadêmico que o decano caduco está cobrando para fazer prefácios. Pediam tanto para Glauber Rocha apresentar livros, que um dia ele disse: “faça o prefácio você mesmo e bote meu nome embaixo”
Bom, antes vamos às ruas. Sem armas, a maior delas está entre os sete buracos da nossa cabeça e a cabeça gira.
No sinal fechado, esquina das avenidas Beiro Rio com Maximiano Figueiredo, uma mulher joga a piola do cigarro acesa no asfalto, o motorista de trás apita, apita e ela ainda está no celular olhando as mensagens.
Na cabeça da avenida Ruy Carneiro, um cara bem vestido, num blazer preto, o carro também era preto, come uma banana pacovan, abre o vidro e joga a casca para fora. Que feio.
Numa farmácia no centro da cidade, uma freira concedeu entrevista ao Espaço K, mas logo em seguida disse que não autorizava a publicação. Boa noviça, hein?
O deputado Hugo Motta, uma marmota, tentou mas não conseguiu imitar a saudosa maloca ministra Zélia Cardoso de Melo – lembra dela? O Motta queria enforcar o Brasil mexendo no FGTS de milhares de proletários. Bateu pino.
Para levantar a moral algumas espécies entretém questões mágicas – o que aconteceu no Rio Grande do Sul não suportaríamos, não suportaremos.
Sem estradas ou o que saber, muitos ainda roem as unhas.
Que sobras de espécies esquisitas, né?
Kapetadas
1 – O grande problema do caos climático é que, caso não seja resolvido, não tem outro planeta para alugar.
2 – O sexo, quando morre, vai para as páginas de um livro velho de Freud. Deve ser a morte do sexo!
3 – Som na caixa – “Meu samba não se importa que eu esteja numa, de andar roendo as unhas pela madrugada”, Paulinho da Viola
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OPINIÃO - 22/11/2024