João Pessoa, 03 de fevereiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O principal suspeito de ter matado a procuradora Ana Alice Moreira de Melo, o empresário Djalma Brugnara Veloso, de 49 anos, foi encontrado morto em um motel, em Belo Horizonte, Minas Gerais. No local, estava a mesma faca usada para assassinar a mulher dele.
Ana Alice já tinha denunciado o marido por atos de violência. No momento do crime, os filhos do casal foram salvos pela babá.As imagens do circuito de segurança mostram quando o empresário chegou ao motel na madrugada de quinta-feira. Ele permaneceu em uma suíte durante o dia todo, o que chamou a atenção dos funcionários. – Como ele não fez nenhum pedido, a gente ficou preocupada – contou uma funcionária.
Peritos estiveram no local. No carro, os policiais encontraram uma carteira de motorista e confirmaram que se tratava do empresário Veloso. Segundo os peritos, ele morreu dentro da suíte do motel. No corpo havia várias marcas de facadas. A princípio, a polícia investiga o caso como suicídio.
– Ele estava deitado, em posição dorsal e apenas de short. A princípio, com nove perfurações pelo corpo – afirmou o tenente Honório de Carvalho, da Polícia Militar de Minas Gerais.
A faca estava perto do corpo pouco tempo depois de a mulher dele, a procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, ter sido encontrada morta na casa onde eles moravam. A mansão fica em um condomínio de luxo em Nova Lima, perto do motel onde estava o corpo do empresário.
Segundo a polícia, Ana Alice foi assassinada a facadas pelo marido. O crime foi por volta das 4h de quinta-feira, depois de uma discussão. Na casa também estava a babá, que cuidava dos dois filhos do casal.
– Ela ouviu gritos, ouviu briga e correu para dentro do quarto ou de um banheiro, se escondeu e chamou a polícia – contou o tenente Daniel Rodrigues, da Polícia Militar.
Fotos postadas em uma rede social na internet mostram a família em um dia de festa. Ela tinha 35 anos; ele, 49 anos e era dono de uma locadora de veículos. Ana Alice e Djalma estavam em processo de separação, mas, segundo a polícia, ainda moravam na mesma casa. A procuradora registrou um boletim de ocorrência no dia 24 de janeiro alegando ter sido ameaçada de morte pelo marido. Ela teria pedido para ser protegida pela Lei Maria da Penha.
– Ela requisitou algumas medidas protetivas, dentre elas o afastamento dela do lar sem prejuízo dos direitos dela, sem que se configure abandono, até serem deferidas as medidas protetivas e a saída do agressor de casa – afirmou a delegada Renata Ribeiro Fagundes.
O Globo
OPINIÃO - 22/11/2024