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Príncipe William chega às Ilhas Malvinas; ‘visita’ não agrada

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publicado em 02/02/2012 às 18h29

O príncipe William, neto da rainha Elizabeth II do Reino Unido, chegou nesta quinta-feira, 2, às ilhas Malvinas, em meio à tensão entre Londres e Buenos Aires pela soberania do arquipélago do Atlântico Sul, confirmou o Ministério de Defesa britânico.

O duque de Cambridge, de 29 anos, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, completará sua formação militar durante seis semanas na base aérea de Mount Pleasant como copiloto de helicópteros de resgate.

Sua presença nas ilhas Malvinas, conhecidas como Falklands no Reino Unido, é parte de "um desdobramento operacional de rotina", acrescentou o Ministério.

"O tenente Gales (como William é conhecido) chegou às ilhas Malvinas como parte de uma equipe de busca e resgate formada por quatro pessoas para uma operação de rotina", destacou o órgão de defesa britânica, ressaltando que o príncipe assumirá seu posto após um período de adaptação.

A presença de William é vista pela Argentina como um ato de provocação, já que ocorre meses antes do 30º aniversário da Guerra das Malvinas, que começou quando militares argentinos invadiram as ilhas em 2 de abril de 1982 e terminou em 14 de junho do mesmo ano, com a rendição de Buenos Aires.

Na terça-feira, o Reino Unido anunciou o envio ao Atlântico Sul de um de seus navios de guerra mais modernos, o destróier HMS Dauntless, em substituição da fragata HMS Montrose.

O Ministério da Defesa garantiu que o desdobramento do destróier já estava programado e é uma medida de rotina, mas a decisão desagradou à Argentina.

O vice-presidente argentino, Amado Boudou, acusou hoje o Governo do Reino Unido de tentar encobrir problemas internos, como o desemprego e o separatismo escocês, com "bravatas" em relação às ilhas Malvinas.

"O colonialismo como estrutura política é uma vergonha que nossa humanidade guarda do século 17 e 18. Restam muito poucos enclaves, e as Malvinas são um deles", frisou Boudou.

O arquipélago está sob soberania britânica desde 1833 e é reivindicado desde então pela Argentina.

Estadão