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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Denise da praia

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publicado em 18/05/2024 ás 07h00
atualizado em 18/05/2024 ás 09h20

O jornalista Petrônio Souto ainda teve tempo de tirar a última brincadeira com Denise Pinheiro Cruz. Eu nem sabia que ela tinha Pinheiro no sobrenome – certamente, teria brincado mais, chamando ela de prima. Denise era uma querida, mesmo!

Petrônio perguntou : “soube que você estava na plateia do show da Madonna, em Copacabana?” Ela: “eu sou mulher de ir num show daquele, demoníaco?”

Silêncio.

Eu nunca mais tinha visto Denise. Não costumo caminhar todo final da tarde, onde ela sentava numa cadeira de praia e se reunia com as amigas, na calçada do Cabo Branco. Eu precisava ter dito a Denise que tínhamos uma amiga em comum: Ângela Bezerra. Não deu tempo.

Não tenho mais pique de ir a velório, nada em mim que se dissesse mais alto causasse tantas perdas.  Só a matéria, de volta ao que somos – matéria.

Denise era engraçada. Eu gostava dela.

Ela tinha outra sensação da vida, não perdia uma, respondia a tudo, até as brincadeiras.

 A gente leva anos para conhecer uma pessoa, fazer amizade. Cá ficamos nessa mania de novidades.

Assim, se ontem não vi Denise, faltou-me coragem – Cadê Denise? Denise da praia.

Kapetadas

1 – É aquele ditado, né? A vida sabe o que desfaz, não refaça. Siga em frente.

2 -Uma enchente em Brasília, várias zebras resgatadas de cima dos telhados.

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