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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Rosário, fabulosamente bela

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publicado em 01/06/2024 às 07h00
atualizado em 01/06/2024 às 06h32

Eu sempre penso no tempo de antes de eu nascer.

Decido-me pelo “Os esquecidos de domingo”, de Valérie Perrin, composto de cenas impressionantes em caracteres que se movimentam, e com impressão a condizer, a ensinar a viver com os idosos, mesmo quando já somos idosos.

Uma dúzia de dias antes, eu não imaginava que iria à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Jaguaribe. Como pode ser assim a vida. Sai pela estrada embaixo do céu, para a missa de Tereza Cittadino.

A família ficou mais pequena. Helena chorava o tempo todo. Quem é Helena? A última neta de Tereza.

A igreja, um espaço enorme, onde se celebra velhas orações,  desde sua conclusão em 1929, construida por Frei Martinho, o alemão, com a  ajuda do povo. O povo é forte, não brinca.

Imenso céu, imensa Tereza. No lugar da fotografia no santinho, a imagem de Santa Paula Franssinetti, certamente devota.

Teresa viveu quase um século, que privilegio!

A Igreja do Rosário é bonita por dentro e por fora. Procurei expressões – logo na chegada, as senhoras do bairro cantando canções repassadas. Lindo!

As expressões dessa gente são iguais à de outros, em sua desmesura transcende sem saber, além de um enorme “estou aqui”.

Sem excesso, exceto a expressão. Um olhar para a frente que não é em frente. É para frente mesmo.

O bairro de Jaguaribe todo cesso. Sai atravessando ruas a desviar-me do compacto lugar e já queria estar em casa.

Na avenida Vasco da Gama, um rapaz de skate a descer não sei pra onde. O céu chumbo.

A geografia, a perda, que ajuda instigam novas ideias. E nada mais. Mas nada nunca é tão simples assim.

Kapetadas

1 – Uma coisa que é bom evitar – ficar repetindo, repisando, reiterando, reforçando, redizendo. Já passou.

2 – O grande problema é que o burro não sofre. Quem sofre é quem convive com o burro.

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* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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