João Pessoa, 01 de junho de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu sempre penso no tempo de antes de eu nascer.
Decido-me pelo “Os esquecidos de domingo”, de Valérie Perrin, composto de cenas impressionantes em caracteres que se movimentam, e com impressão a condizer, a ensinar a viver com os idosos, mesmo quando já somos idosos.
Uma dúzia de dias antes, eu não imaginava que iria à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Jaguaribe. Como pode ser assim a vida. Sai pela estrada embaixo do céu, para a missa de Tereza Cittadino.
A família ficou mais pequena. Helena chorava o tempo todo. Quem é Helena? A última neta de Tereza.
A igreja, um espaço enorme, onde se celebra velhas orações, desde sua conclusão em 1929, construida por Frei Martinho, o alemão, com a ajuda do povo. O povo é forte, não brinca.
Imenso céu, imensa Tereza. No lugar da fotografia no santinho, a imagem de Santa Paula Franssinetti, certamente devota.
Teresa viveu quase um século, que privilegio!
A Igreja do Rosário é bonita por dentro e por fora. Procurei expressões – logo na chegada, as senhoras do bairro cantando canções repassadas. Lindo!
As expressões dessa gente são iguais à de outros, em sua desmesura transcende sem saber, além de um enorme “estou aqui”.
Sem excesso, exceto a expressão. Um olhar para a frente que não é em frente. É para frente mesmo.
O bairro de Jaguaribe todo cesso. Sai atravessando ruas a desviar-me do compacto lugar e já queria estar em casa.
Na avenida Vasco da Gama, um rapaz de skate a descer não sei pra onde. O céu chumbo.
A geografia, a perda, que ajuda instigam novas ideias. E nada mais. Mas nada nunca é tão simples assim.
Kapetadas
1 – Uma coisa que é bom evitar – ficar repetindo, repisando, reiterando, reforçando, redizendo. Já passou.
2 – O grande problema é que o burro não sofre. Quem sofre é quem convive com o burro.
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TURISMO - 19/12/2024