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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Dina

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publicado em 04/06/2024 ás 07h00
atualizado em 04/06/2024 ás 14h34

Lá da vegetação, da natureza, nasceu Dina Lacerda Cavalcanti, em 1944. Depois, Dina, Dina Carneiro, Dina. Não é muito tempo, mas foi nesse ano que nasceu meu irmão mais velho, Osvaldo Pinheiro.

Depois das palavras, o agradecimento dela, emocionada, numa festa que só estava a família – grande e raros convidados.

Foi uma festa inspiradora com canções de Djavan, Jobim, Roberto, canções que ainda cabem neste mundo.

Com os olhos do coração, fiquei observar os discursos, os mais verdadeiros, que falavam da vida gente, que tanto vigiamos um ao outro, esse encontro encantador, da aparição de Almiro Carneiro na vida de Dina, um amor sem falha – e olha que amor tem suas confusões.

À medida que Almiro falava desse amor, o alicerce da casa, a construção, as luzes do lugar pareciam fazer rondas pela cidade, o Bairro dos Estados, onde eles moraram quando engendraram os filhos Rodolfo, Guilherme e Giovanna, depois a casa do Bessa, e hoje pertinho de mim, na avenida Miguel Sátiro, no Cabo Branco.

As meninas de Mãe Velha e Seu Aurélio sempre moraram juntas, ou perto uma da outra, no Edifício Santa Rita, no Bairro dos Estados, em Tambauzinho e hoje entre o Cabo Branco e Tambaú. Ninguém se solta.

Dina linda, vestida de luzes a receber as homenagens: falou  Rodolfo, Guilherme e Giovanna todos com as roupas de domingo, às voltas com as sílabas, as frases mais simples e sinceras

Num ritmo sincronizado, todos queriam homenagear Dina em seus 80 anos – as necessárias asas, árvores, pássaros, lá no céu do Sertão, cheio de estrelas que apontávamos com os dedos.

Falou Marcilio, Paula, Sadoia, Pollyanna, Ana Claudia, tanta gente.

80 anos não passa de um passo mais largo, mais esticado ou de uma forma de expressão, de mostrar que 80 não é 80, é a a continuação daquilo que somos, que fomos, que seremos

Continuamos juntos, contnuaremos juntos, o  trigo de todos os dias e nunca mais a distância

 O amor que nos uniu a este tempo, Dina fazendo dessas homenagens  lugares para as novas gerações,  comunas de artistas da vida, é o que somos.

Dina é uma alegria que não se dá por terminada. Que ela surpresa boa, hein, Dina?

Kapetadas

1 – Privatizar praia é tirar onda do povo.

2 – Por que, quando alguém vai fazer uma pergunta, diz antes: «deixa eu te perguntar uma coisa…»

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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