João Pessoa, 08 de junho de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O sexo é vermelho pintado de branco. Também lembra o movimento dos barcos, como se barcos fossem capazes do rever a vida e são – os barcos lembram a canção de Caymmi, que diz que o pescador tem dois amor – um na terra e outro no mar. Sim, na letra está assim mesmo – “dois amor”.
O barco regressa com alimentos, o sexo alimenta as almas. É como se a gente regressasse vagarosamente ao princípio do mundo, até chegar ao pequeno lugarejo do regaço um do outro. É impressionante esse jogo.
O sexo ajuda a descobrir que não há luz sem calor e é daí que vem a invenção o movimento de translação da terra. É assim mesmo. O sexo faz o mesmo movimento dos barcos, nunca tontos, mas extasiados.
Sem sexo não haverá sol e todos os dias parecem escuros.
Sem horas para terminar, com o azul sobre os corpos.
Não haveria árvores, nem maçãs, nem mares, e tudo pode parecer tedioso, conformado, quando o sexo está silenciado.
“A paz que o sexo traz”. Sem sexo não haveria a vontade de comer, nem o entardecer, nem fim do dia. Nada.
Depois do vasto movimento, acende-se uma luz para novos prazeres, olho no olho, de onde se inventou a vida.
Jorram oceanos e marés, ondas e vozes em êxtase.
Lindas planícies e lençóis maranhenses, montanhas, onde nascem flores e crescem árvores e pássaros em revoadas.
Daí nasce a noite para o descanso, o sono, o sonho e a descoberta das estrelas.
Tudo, tudo, tudo, amar sem limites, como canta Djavan
Kapetadas
1 – Odeio quando me bate a saudade e eu não posso revidar
1- Vivemos a ilusão da constância, mas a cada segundo a pele renova, as células morrem, as oportunidades surgem e vão. Nos resta enquanto consciência observar essa dança da matéria e ter a sabedoria para sorrir dessa grande brincadeira de Deus.
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OPINIÃO - 22/11/2024