Funesc recebe quarta edição do Festival do Júri Popular

Trinta e sete filmes serão exibidos em João Pessoa nos três dias da 4ª edição do Festival do Júri Popular (FJP 2012). As exibições, gratuitas, acontecerão nos dias 1º, 2 e 3 de fevereiro, no Espaço Cine Digital da Fundação Espaço Cultural (Funesc). Serão realizadas duas sessões diárias, às 19h e 20h30. A programação foi divulgada pelo Tintin Cineclube.

Considerado o festival de cinema brasileiro com a maior abrangência geográfica, o FJP 2012 ocorre simultaneamente em 22 cidades, espalhadas pelas cinco regiões do País. Nesta edição, os 37 curtas metragens selecionados foram divididos em seis programas, entre ficções, documentários, experimentais e animações. Juntas, as obras formam um significativo panorama da produção nacional de curta metragem do último ano.

A premiação do festival é feita por meio do voto do público, que receberá cédulas para indicar seus filmes favoritos nas seguintes categorias: Grande Prêmio, Melhor Ficção, Melhor Documentário, Melhor Animação, Melhor Experimental, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator e Melhor Atriz. Ao final, serão computados os votos de todas as cidades para apontar os vencedores.

De acordo com a Funesc, o objetivo do FJP é valorizar e difundir as produções do cinema independente brasileiro e, paralelamente, incentivar uma discussão estética, formando um público com uma postura ativa e reflexiva em relação à linguagem audiovisual.

Promovido em João Pessoa pelo Tintin Cineclube, em parecia com a Funesc pela segunda vez consecutiva, o evento reafirma a parceria entre as duas entidades.

Programação

01/02

19h – PROGRAMA 1

– “A fábrica”, de Aly Muritiba [fic, 15‘, PR, 2011, 12 anos]
Um presidiário convence sua mãe a arriscar a própria segurança para levar um aparelho celular para ele dentro da penitenciária.

– “Céu, inferno e outras partes do corpo”, de Rodrigo John [ani, 7‘, RS, 2011, 12 anos]
Ele é um cachorro. Sua ex, uma cadela. Sua vida, osso duro de roer.

– “Com vista para o céu”, de Allan Ribeiro [fic, 10‘, RJ, 2011, livre]
Homem e mulher tentam contato em uma grande metrópole, diante de tanta incomunicabilidade, onde o som urbano invade os espaços.

– “Os sapos”, de Clara Linhart [fic, 16‘, RJ, 2011, 12 anos]
Eles sempre voltam.

– “Passageiro”, de Bruno Mello [fic, 12‘, RJ, 2011, 12 anos]
Abel trabalha no Jockey Clube e sofre de narcolepsia. Um dia encontra no metrô a mulher dos seus sonhos. Agora basta saber se ela é real.

– “Gaveta”, de Richard Tavares [fic, 8‘, RS, 2011, livre]
Um homem em busca de espaço.

– “Oma”, de Michael Wahrmann {doc, 23‘, SP, 2011, livre]
Ela fala alemão, eu falo espanhol. Ela não escuta, eu não entendo.

21h – PROGRAMA 2

– “Ovos de dinossauro na sala de estar”, de Rafael Urban [doc, 12‘, PR, 2011, livre]
A alemã Ragnhild Borgomanero, de 77 anos, estudou fotografia digital e fez cursos de Photoshop e Premiere para manter viva a memória de seu falecido esposo, Guido, com quem reuniu a maior coleção particular de fósseis da América Latina.

– “Acercadacana”, de Felipe Peres Calheiros [doc, 20‘, PE, 2011, livre]
Nos anos 90, com a valorização do etanol e a expansão do latifúndio canavieiro, 15 mil famílias foram expulsas dos seus sítios na zona da mata de Pernambuco. Maria Francisca decidiu resistir.

– “Vó Maria”, de Tomás von der Osten [fic, 6‘, PR, 2011, livre]
Uma memória em três tempos.

– “Náufragos”, de Matheus Rocha e Gabriela Amaral Almeida [fic, 15‘, BA, 2011, livre]
Odete tenta adivinhar onde o marido teria se escondido. Mas não há esconderijo possível.

– “Irmãs”, de Gian Orsini [doc, 15‘, PB, 2011, livre]
Tem um adágio que diz: “Em tempo de guerra, mentira como terra”.

– “Fica”, de João Toledo [exp, 4‘, MG, 2011, livre]
Não se despeça de mim…

– “Dona Sônia pediu uma arma para seu vizinho Alcides”, de Gabriel Martins [fic, 17‘, MG, 2011, 12 anos]
Dona Sônia quer vingança.

02/02

19h – PROGRAMA 3

– “Mais denso que sangue”, de Ian Abé [fic, 15‘, PB, 2011, 14 anos]
Um forasteiro chega a Cabaceiras e se camufla na multidão que acompanha a comemoração à Semana Santa. Ele está armado. Um Taurus com quatro balas ponta oca e duas normais.

– “Inquérito Policial nº 0521/09”, de Vinícius Casimiro [fic, 13‘, SP, 2011, 14 anos]
Por meio de evidências em vídeo, policiais tentam desvendar um misterioso caso de sequestro e assassinato.

– “Meu medo”, de Murilo Hauser [ani, 11‘, PR, 2011, livre]
Independente de sua causa, o medo geralmente faz com que os sentidos da visão e da audição sejam instantaneamente aguçados. O ser amedrontado permanece imóvel e sem respirar, ou então se esconde em uma reação instintiva de escape à observação. O coração bate rápido e violentamente. A respiração acelera. As pupilas dilatam. Os olhos permanecem abertos.

– “Calma Monga, calma!”, de Petrônio de Lorena [fic, 18‘, PE, 2011, 16 anos]
A Monga nos revela e nos reconstrói em nossa condição humana de desamparo fundamental.

– “Cachoeira”, de Sérgio Andrade [fic, 14‘, AM, 2011, 12 anos]
Grupo de jovens indígenas do alto Rio Negro faz rituais de morte e entorpecentes

– “A poeira e o vento”, de Marcos Pimentel [doc, 18‘, MG, 2011, livre]
Interior do estado de Minas Gerais. Uma pequena vila no meio do nada. Isolamento. Montanhas. Silêncio. O homem. A paisagem. O tempo.

21h – PROGRAMA 4

– “Sobre o resto dos dias”, de Alexandre Baxter e Luiz Felipe Fernandes [fic, 17‘, MG, 2011, 12 anos]
A descoberta de sentimentos, a dor que vai além da troca, do desleixo, do abandono. Uma perda que pode ir além dos desafetos e suscitar as dúvidas e surpresas de algo inesperado. A falta do que se dizer nos momentos em que tudo parece estar perdido. As dores universais, pessoais e intransferíveis dos amores que se ferem. Uma história como tantas outras. Exceto pelo fato de que nenhuma história é exatamente igual.

– “Máscara negra”, de Rene Brasil [fic, 15‘, SP, 2011, 16 anos]
Gregório é apaixonado por uma mascarada de carnaval. Luisette é uma travesti em busca de carinho. Juntos eles passam uma noite de amor intenso. No dia seguinte um jogo de futebol beneficente com amigos vestidos de mulher. Conforme ela vai jogando bola ele vai se apaixonando. Luisette o cativa pelo seu amor sincero.

– “O último dia”, de Christopher Faust [fic, 12‘, PR, 2011, 10 anos]
Toni irá se mudar. Decide passar seu último dia na cidade bebendo com os amigos de infância.

– “Cores e botas”, de Juliana Vicente [fic, 16‘, SP, 2011, livre]
Joana tem um sonho comum a muitas meninas dos anos 80: ser Paquita. Sua família é bem sucedida e a apoia em seu sonho. Porém, Joana é negra, e nunca se viu uma paquita negra no programa da Xuxa.

– “Quem matou o Jorge?”, de Fernando Fraiha [fic, 17‘, SP, 2011, livre]
Thiago, um menino que aprende a realidade de maneira muito particular criando sentidos e relações inusitadas para o cotidiano, depara-se com a morte de Jorge, o cachorro da Sra. 41. Resolve então fazer um filme investigativo para solucionar o assassinato e termina por descobrir fatos importantes sobre sua família.

– “O céu no andar de baixo”, de Leonardo Cata Preta [ani, 15‘, MG, 2011, 10 anos]
Desde os 12 anos de idade, Francisco faz fotografias de céu. Um dia, algo diferente aparece em uma de suas fotografias mudando a sua rotina.

03/02

19h – PROGRAMA 5

– “Praça Walt Disney”, de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira [doc, 21‘, PE, 2011, livre]
Boa Viagem Recife 51111260 Brasil

– “Monique ao sol”, de Wellington Sari [fic, 14‘, PR, 2011, 10 anos]
Férias de inverno. Monique vai à praia com os pais. Sem amigos por perto, tenta arranjar algo para fazer. Até que conhece um jovem na quadra de vôlei.

– “Quando a casa cresce e cria limo”, de Amanda Copstein T.S e Filipe Matzembacher [fic, 8‘, RS, 2011, 12 anos]
Francisco está entrando na adolescência e este é um verão incomum. Ele passa a olhar com outros olhos sua amiga da praia Augusta. A descoberta desta sensação faz com que ele olhe a si mesmo de uma maneira diferente.

– “Vidas deslocadas”, de João Marcelo Gomes [doc, 13‘, PR, 2011, livre]
Os palestinos Faez Abbas e sua esposa Salha Nasser vivem forçadamente deslocados de sua cultura e família.

– “Meia hora com Darcy”, de Roberto Berliner [doc, 30‘, RJ, 2011, livre]
Em dezembro de 1996, o antropólogo e político Darcy Ribeiro concordou em receber o cineasta Roberto Berliner para uma conversa de meia hora em seu apartamento em Brasília. Expressando-se com a habitual veemência e paixão, cobriu uma grande gama de assuntos. Dois meses depois, Darcy morreu e o material ficou guardado até agora. O diretor decidiu apresentar este depoimento histórico em tempo real, sem cortes.

21h – PROGRAMA 6

– “Quando morremos à noite”, de Eduardo Morotó [fic, 20‘, RJ, 2011, 14 anos]
Raul conhece a mulher mais cheia de vida que já encontrou

– “Sala de milagres”, de Cláudio Marques e Marília Hughes [doc, 13‘, BA, 2011, 12 anos]
Um dia e uma noite na romaria de Bom Jesus da Lapa.

– “Cão”, de Iris Junges [fic, 19‘, SP, 2011, livre]
Jeanne perdeu seu próprio rastro, esqueceu como uivava nossa matilha. Através do registro, talvez da busca por uma trilha camuflada pela metrópole, nossa personagem descobrirá possíveis pegadas, habitats e uma grande construção que nunca para.

– “Nêgo”, de Marcelo Coutinho [doc, 8‘, PB, 2011, livre]
E quando fura o pneu do dia? Trilhas sacodem o celular e o prego chama o herói da madrugada. O olho da motocicleta avisa que Nêgo se aproxima, cheio de truques pra remendar a sola da borracha ferida. Látex costurado com fios de parafernália.

– “Licuri Surf”, de Guilherme Martins [doc, 15‘, SP, 2011, livre]
Uma aventura pelo litoral brasileiro em companhia de um pataxó surfista, que vive numa praia sem Ondas.

– “Da origem”, de Fábio Baldo [fic, 19‘, SP, 2011, livre]
A alegoria do homem moderno.
 

Assessoria