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Caso Júlia: mãe vai a júri popular nesta terça por matar filha de um ano a facadas

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publicado em 11/06/2024 ás 09h12
atualizado em 11/06/2024 ás 09h13
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Acontece nesta terça-feira (11) o julgamento de Eliane Nunes da Silva, acusada de assassinar a a facadas filha Júlia, de apenas um ano, que estava no berço. O crime aconteceu no dia 26 de outubro do ano passado, por volta das 10h, em sua própria casa, no Geisel, em João Pessoa.

De acordo com informações processuais, o crime ocorreu por motivo fútil, meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da ofendida. “Após receber uma mensagem do seu então companheiro rompendo o relacionamento, a ré, insuflada de ódio e sentimento de vingança, muniu-se de uma faca peixeira de oito polegadas e foi até o berço em que sua filha estava deitada. Na ocasião, a investigada sacou a arma branca e desferiu o primeiro golpe nas costas da vítima, fazendo com que a pequena indefesa começasse a chorar”, diz parte da denúncia.

O Ministério Público continua: “Não sensibilizada com o sofrimento da própria filha, a ré prosseguiu com a investida, esfaqueando-a por 26 vezes, na região do abdômen, costas e pescoço”

Segundo o laudo pericial, “a bebê apresentava perfurações semelhantes às produzidas por objetos tipo faca: dez no abdômen; duas na lateral esquerda do pescoço: uma na massetérica esquerda; duas na escapular esquerda; três na infraescapular esquerda: uma na lombar esquerda; e sete na lombar direita.”

Após o crime, Eliane, ainda com manchas de sangue nos braços, se apresentou espontaneamente à autoridade policial e, por ocasião de seu interrogatório, confessou o bárbaro delito, assim como confirmou as razões que a fizeram cometê-lo.

Eliane Nunes da Silva está incursa nas sanções do artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (motivo torpe), III (meio cruel) e IV (recurso que impossibilitou a defesa da ofendida), combinado com o parágrafo 2º-B, II (autora ascendente) e artigo 61, II, h (contra criança), todos do Código Penal.

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