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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Misérias são absurdas

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publicado em 15/06/2024 ás 07h00
atualizado em 15/06/2024 ás 08h25

Não adianta moer, não tem plateia. Os recortes  estão vazando, sem viralizar. O mundo, o bisturi e as abstrações para discutir a doença da existência, ninguém quer saber. Ninguém.

Diabéticos devoram açúcares, bêbados e babados, enquanto muitos simulam mascar chicletes.  Já não são poucos, aos montes, mortes, que ressignificam coisa nenhuma.

Na noite do dia dos namorados,  no sinal, um mendigo pediu grana,  justificando: “hoje é dia dos namorados, colabore aí“ e eu  entendi.

Tapam misérias absurdas destapando outras. Falam em rasteiras. Nesta semana, muito se falou no abordo, agora um crime duplo, deixando satisfeitos os estupradores e sem chance, as estupradas.

Não sei aonde um regime democrático, e todos podem ser o que querem ( por enquanto). Políticos são minorias, poderes não –  a diferença é que não são. Logo mais tem eleições.

Algumas distorções virtuais medievais voltam e aumentam outras, de todo inaceitáveis. Os miseráveis aumentam mais.

Há liberdade de expressão? Por enquanto, essa condição para que falemos de democracia, mas, de todo, não é suficiente para sensações do perigo. Tá punk, viu?

O país tem crianças que, de manhã vão para a escola, e milhares não vão.  Jovens não completam o ensino médio, adultos ao relento, nas portadas e idosos indefesos, pancadas dos filhos, abandonados à sua velhice e à sua desgraça. É o Brasil.

Nunca vi tanto assim. A pobreza se alarga, sem escala que a possa medir. Bolsa família é o quê? Não se alarga a proteção aos vulneráveis, nem menores benefícios. Livros em tempo de privatização de praias: “O velhaco e o mar”.

O problema é a população, né?

Só os fortes estão -ón1, -ona

Kapetadas

1 – Pessoal, e o Dia do Livramento, é quando?

2 – A PL do aborto é a eutanásia do Legislativo.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB