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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Caveira

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publicado em 22/06/2024 às 07h00
atualizado em 22/06/2024 às 06h32

Gratidão –  aquilo que sentimos quando uma pessoa acena, abraça, e faz valer nosso trabalho, como se estivesse conosco, quase diariamente. Essa gratidão ninguém tira de mim.

Coração – terra que ninguém anda.

Palavras – Eu sei o peso e a suavidade. Coisas que se estendem e ampliam a travessia nesse tempo cruel. Amamos e odiamos. Tem sempre quem quer ver a caveira do outro, tipo: dizer algo de quem não disse, não disse, não dirá. O nome disso é  logomania.

Humildade – demonstração, amor, amizade – e muitas vezes acusações. Quando alguém diz que o outro falou, o que  não existiu. Essas cenas são muito pequenas, para a grandeza da história de cada um.

Passamos a vida para se purificar, explicar, ajudar, se fazer entender, mas tem sempre a criatura – que, como se dizia no sertão, “querendo ver a caveira do outro”.

Caveira – O que é caveira?  Essa palavra é frequentemente relacionada com a morte, e por isso é um símbolo usado muitas vezes para indicar coisas negativas ou nocivas.

Tempos fecundos em acontecimentos – muitos irrepetíveis.  Sopro as velas, deito-me na rede, sou criança novamente, serei velho eternamente, mas não digo o que o outro não disse. Muito ruim pra quem diz, o que do outro não se disse.

Matemática –  dos números somamos e diminuimos. São tantos que não somam.

Rios – atravessando, mas nem tudo são rios.

Somos muitos e uma só alma, como a letra de uma canção. A alma vai alegre, triste, sonhadora, chore e ri.

Horrores em toda classe.

Clube da luta –   uns e outros a seguir os outros. Nem toda Maria vai com as outras.

Pai, filho, neto, sou nada e aquilo que serei amanhã não sei, mas sou grato. Nem listra, nem risco.

Pedra da Caveira

Vizinha do Sítio Água Fria, no município de Araruna, tem a Pedra da Caveira que faz parte de um complexo rochoso, apresentando umas faces arredondadas, mas aí é uma beleza da natureza.  Benza Deus!

Kapetadas

1 – O palco é a favela, e o show é o favelado.

2 – Danço, não vejo novela. Estou longe de ser otimista, odeio futebol, autoritarismo e carnaval. Sou um brasileiro versão beta.

3 – Ilustração –  máscara de caveira mexicana katrina decorada com flores típicas.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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