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Ramilonga, de Vitor Ramil, é relançado em LP verde em campanha para ajudar RS

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publicado em 22/06/2024 às 12h01
atualizado em 22/06/2024 às 13h50

Kubitschek Pinheiro – MaisPB

Fotos – Marcelo Soares

NOIZE Record Club, primeiro clube de assinatura de discos de vinil da América Latina, (de Pablo Roche e Rafa Rocha diretor de criação), resolveu fazer um lançamento diferente para este mês de junho de 2024. Em parceria com iniciativas como o RS Música Urgente relançaram o álbum Ramilonga – A Estética do Frio de 1997, do artista pelotense Vitor Ramil. 

O LP com capa verde vem acompanhado da nova edição da revista NOIZE. Parte dos lucros será revertida para a população atingida pelas enchentes do Rio Grande do Sul. Tudo que for feito pelo pelas famílias de RS, ainda é pouco, para tamanha devastação. As imagens se alongam na memória do povo brasileiro.

Nesse disco, o cantor e compositor nascido em Pelotas (RS) apresenta ritmos da música rio-grandense, como a milonga, utilizando-se de instrumentos não convencionais, como a cítara indiana. Clássico que atravessa gerações,  Ramilonga – A Estética do Frio retorna” com sua carga conceitual e ineditismo estético, já é um bom motivo para ajudar o Rio Grande do Sul a se recuperar novamente.

O projeto tem uma de suas sedes (também atingida pelas águas) em Porto Alegre, acertou em cheio por promover uma parceria com seus fornecedores e toda a cadeia produtiva envolvida com o NRC.

Vamos ajudar – a compra do disco, do kit só ficará aberta até o 9 de julho. Peça o seu por aqui

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Música solidaria 

Pablo Rocha, diretor comercial da Noize, comentou sobre a ação solidária –A NOIZE nasceu no Sul, nossa história começa em Porto Alegre e estamos presentes na cidade até hoje, com nossa principal sede, que também foi afetada pelas águas. Não poderíamos continuar com o nosso planejamento de lançamentos como se nada tivesse acontecido, então pensamos em usar a música, que é a nossa especialidade, para criar uma corrente solidária. Para isso, mobilizamos toda a nossa cadeia de parceiros, convidando-os para se juntarem ao NRC nesta missão”. 

Diretor de criação da Noize, Rafa Rocha complementou – “A música tem capacidade de unir as pessoas e nesse momento o nosso estado precisa de uma grande corrente solidária. A NOIZE resolveu entrar em cena para ajudar a cadeia de espaços e profissionais da cultura afetados pela tragédia. A retomada do setor musical é importante para trazer vida de volta a Porto Alegre e ao Rio Grande do Sul”.

O MaisPB conversou com o artista Vitor Ramil e traz mais detalhes do lançamento do LP Ramilonga e anuncia um novo disco com 15 canções para poemas do poeta curitibano Paulo Leminski, e devo lançá-lo no máximo em setembro deste ano. “Será meu trabalho musical também para 2025. Estou além disso escrevendo um livro que irá se chamar A Estética do Frio. Se terminá-lo a tempo, sai em 2025.

MaisPB – Esse disco Ramilonga de 1997  vem à tona agora em LP, com esse objetivo de ajudar o RS ou já havia planos?

Vitor Ramil – Havia um interesse da Noize em lançá-lo, mas não agora. Quando eles decidiram fazer essa campanha, o Ramilonga lhes pareceu o álbum mais indicado. 

MaisPB – Quantas pessoas estão envolvidas nesse projeto?

Vitor Ramil – A Noize e seus parceiros: Gravadoras Warner e Som Livre, Fábrica da Polysom, Impressul, PagBrasil, Fábrica do Futuro e Mangolab. E eu, claro.

MaisPB –  Até parece que foi ontem, quando estávamos em pandemia, músicos e casas noturnas amargaram com no isolamento, agora o RS enfreta  uma tragédia que atingiu também os músicos e as casas de shows. A iniciativa de vocês de laçar esse disco, focada nesse publico, já uma esperança, né?

Vitor Ramil  – Sim. Esperamos que seja uma boa mobilização. Muitas gente da música no RS, além de nós, está mobilizada. 

MaisPB – Por que Ramilonga, é um neologismo, um apelido?

Vitor Ramil  – Junta meu nome Ramil é palavra milonga. Primeiro cantei Ah, milonga. Em seguida me dei conta de que soava Ramilonga. A palavra passou a designar o tipo de milonga que eu faço. 

MaisPB –  O vídeo é lindo, triste, mas as imagens falam por si. O texto, o narrador. Vamos falar sobre isso?

Vitor Ramil – Traduz o que este momento provoca. Não o vejo como triste, mas como um convite à reação. 

MaisPB –  “Ramilonga – A Estética do Frio” (1997) chega com a revista NOIZE, uma grande iniciativa, mo Clube que está entre nós há dez anos. Bora falar sobre isso?

Vitor Ramil – A Noize já tem uma longa e brilhante trajetória, mas, mesmo tendo nascido em Porto Alegre, Ramilonga é o primeiro álbum lançado por eles. Espero que lancem outros trabalhos da importante cena musical do RS.  

MaisPB – Vem coisa nova para 2025?

Vitor Ramil – Estou finalizando um disco novo, com 15 canções para poemas do poeta curitibano Paulo Leminski, e devo lançá-lo no máximo em setembro deste ano. Será meu trabalho musical também para 2025. Estou além disso escrevendo um livro que irá se chamar A estética do Frio. Se terminá-lo a tempo, sai em 2025.

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