João Pessoa, 24 de janeiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pelo segundo ano consecutivo, Brasil apresenta os piores resultados em retorno de serviços públicos à população
É o que aponta estudo do IBPT realizado com 30 países de maior carga tributária, onde o Brasil figura na última posição
Mesmo com a alta carga tributária de 35,13% em relação ao PIB e a arrecadação de impostos ultrapassando a marca de R$1,5 trilhão em 2011, o Brasil continua não aplicando de forma adequada os valores arrecadados em serviços públicos à população, para a melhoria da qualidade de vida. É o que revela o “Estudo sobre Carga Tributária/PIB X IDH” concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, no último dia 16 de janeiro. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil aparece na última posição entre os 30 países que registram maior carga tributária em todo o mundo.
Para chegar a essa conclusão, o Instituto criou o Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (IRBES), resultado da somatória da carga tributária segundo a tabela da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de 2010 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com a previsão do índice final para o ano de 2011. Quanto maior o valor do IRBES, melhor é o retorno da arrecadação dos tributos para a população.
A Austrália lidera o ranking, sendo o país que melhor retorna os recursos arrecadados para o bem estar da população, seguida pelos EUA, que caiu para a segunda posição em relação ao ano passado, e a Coreia do Sul. Já o Japão e Irlanda, que ocuparam, respectivamente, as 2 e 3ª posições na pesquisa anterior, caíram para 4º e 5º lugar no ranking de 2012.
”O Brasil, com arrecadação altíssima e péssimo retorno desses valores à população em serviços como segurança, educação e saúde, fica atrás, inclusive, de países da América do Sul, como Uruguai, na 13ª posição e Argentina, na 16ª colocação”, relata o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, que coordenou o estudo.
Assessoria
OPINIÃO - 22/11/2024