João Pessoa, 07 de julho de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ano tem aproximadamente 50 sextas-feiras. Eu tenho muita preguiça na sexta-feira, mais que nas segundas-feiras.
Há uma dificuldade imensa de ir à academia, de sair da cama, de preparar o café da manhã. Mas nada detém a vontade de fazer uma sobremesa gostosa. O que era uma luta diária se transforma num prazer imenso de ir encontrar os melhores ingredientes para o doce perfeito.
Ando viciado em pavês e venho me aborrecendo muito com o sumiço dos biscoitos champanhe, daí vivo numa saga às sextas de sair perambulando pelos mercados e padarias da cidade em busca dos raros biscoitos.
Confesso que estou cada vez mais afoito tentando encontrá-los, saio pela manhã jurando que estou passando pela Picadilly Circus e enveredando na intenção de solucionar um mistério para a Scotland Yard, isso é algo que estou fazendo e me ajuda muito contra as tormentas das sextas-feiras.
Coloco música clássica para tocar no modo aleatório e me preparo para a caçada desse biscoito que foi criado na Corte Francesa durante o reinado de Catarina de Medicis. Sua inspiração veio de um biscoito rosa típico da cidade de Reims, na região de Champanhe, que costumava ser mergulhado no champanhe, era sinal de abastança no Brasil, servido em chás da tarde e muito disputado nas caixas de sortidos, mas hoje ficou atrelado ao uso indiscutível nos pavês, somente, e está bem difícil encontrá-lo, até a qualidade caiu muito. Sempre que o encontro em prateleiras, procuro levar mais de dois pacotes.
Na última sexta, não tive a sorte de seu encontro, queria fazer um pavê de cupuaçu, meu preferido, acabei me rendendo ao estranho “oreo”, nosso antigo negresco. Piquei em pedaços, quase uma farofa e misturei na massa!
Sabe que ficou uma delícia? Foi amplamente elogiado no aniversário da Vânia e vou enveredar a repetir a receita. Recomendo.
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TURISMO - 19/12/2024