João Pessoa, 07 de julho de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Entre as muitas curtições que rondam o show análogo, semelhar de cada um, competitivo, neurótico ou agressivo, pouca paz, existe aquele que separa de modo binário gente boa, de gente fina, que nunca foi outra coisa.
Criaturas tais de repente mostram que são portadores de dentes de pitbull e dizem horrores nas redes sociais, mas só cola quando esbarra na polêmica, que nunca é nada. O mundo é bão, Sebastiana.
Para tornar as coisas ainda mais complexas, há histórias preconceituosas por trás dos ataques em que o herói nunca foi aquele que morre por ser último, pois, não teve tempo de correr. Isso não existe. O herói é como a donzela, se casou e se mandou.
Na última quinta-feira, o ator Reynaldo Gianecchini fez um desabafo sobre os ataques que ele vem recebendo por estar fazendo o papel de uma Drag kings na peça “Priscilla – “A Rainha do Deserto” no teatro – ele lembra de quando fez o papel de um psicopata na série da Netflix “Bom Dia Verônica” ninguém falou nada: “tudo bem ser um psicopata, um abusador legal, uma drag kings não é…”
É visível, palpável, que nas relações com o público nas redes onde se destila ódio, mentiras e sacanagens. Nas relações pessoais fazem cobranças absurdas, coisas que afirmavam não admitir. Uma relação boa, seja amorosa ou de “interesses”, não se sustenta, quando na teoria os tiros esbarram na velha culatra. Não tem quem aguente.
No filme “Beijos que matam”, de Gary Fleder – a gente fica de frente com a natureza humana: um psicólogo forense (Morgan Freeman) viaja em busca de solucionar um problema familiar – um detetive politicamente incorreto, vai em busca de assassino contumaz. Não se mata só com as mãos. No filme se percebe muito bem, do que o ser humano é capaz, além da tela. Novidade? Nenhuma.
Por exemplo: um relacionamento afetivo com o outro, como às vezes se sustenta – os que tem como amigo um fiel o pitbull, é um exemplo notório da estupidez humana. Ou não é nada, porque nada mais falta acontecer.
Milhares de acontecimentos entre os seres ou não seres, alimentam especulações sobre uma coisa que pouco se preza hoje em dia, o respeito e trabalho de cada um.
O envolvimento das pessoas com o dinheiro e a polarização com a ganancia, de quem quer saber quanto você ganha, quanto você gasta, quanto você rala para ganhar um pouco mais, é bem cruel
O que expressamos nos agradecimentos é algo sutil e já não tem importância nenhuma, quando o caso for relacionado a quem mais dá, quem é o melhor na foto. Tõ fora.
Episódios do ódio se repetem, enquanto a população do Rio Grande Sul continua à deriva, sem um apoio maciço do governo, de nenhuma instituição, para salvar quem não tem literalmente mais nada.
Você já imaginou o que é perder sua casa, a intimidade, seus lençóis, roupas, geladeira e alimentos, sua dignidade? Não demora muito para que o afeto seja transformado em “pancada”, gente roubando de quem mais precisa.
Esse é o ser brasileiro do dia seguinte, o ser humano cercado de acusações e de diversos tipos de assédio moral: a moça do café, o rapaz que limpa os banheiros etc.
O que se percebe é o rompimento unilateral, a teoria que não funciona no dia seguinte, a pessoa que só quer falar, só ela sabe das coisas, uns e outros, todos filhos da puta.
Não, esse texto não tira onda, é o retrato que hoje funciona na parede do Brasil, com conversas vazadas nas redes sociais, diálogos eletrônicos malditos, o dito pelo não dito e. no final, todos acusadores estão juntinhos, dizendo que não fez por mal: mil perdões, né?
Acontece. E se repete.
Kapetadas
1 – No Brasil, até o caos tem coreografia das escolas, botecos e bacanais.
2 – Pois é, nunca, na História desse país, houve um país.
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OPINIÃO - 22/11/2024