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A ele foi dada uma incumbência maior do que ele mesmo. Era apenas uma criança, incapaz física, intelectual e tecnicamente. Sua tarefa: vencer um gigante totalmente superior a ele em todas as áreas nas quais nele só havia imaturidade. Um herói de guerra. Destruidor de exércitos. Condecorado por suas façanhas em sua terra e nas terras de além. Pois bem! Que seja!
Não o procuraram. Quem o faria? Ele se ofereceu para o encargo. E foi. Foi de cara limpa. Sem armaduras ou armas – eram pesadas demais para que ele as conseguisse carregar. O final da história todos nós conhecemos.
“Ele é grande à beça! Não há como vencê-lo!”. Provavelmente seria o que eu pensaria. E a questão é que a perspectiva pela qual eu enxergo o desafio é que vai determinar a forma como agirei. O próximo passo será dado de acordo com o que considerarei possível. É o que vai me paralisar ou impulsionar.
“Ele é grande à beça! Não há como errar o alvo!”. Foi assim que o pequeno garoto pensou. A perspectiva correta o fez vencer e mudar todo o curso da história do seu povo. Sua história. O fez rei.
Somos pequenos guerreiros todos os dias no campo de batalha. Salvaguardar nossa existência tem se tornado um desafio cada vez maior. Cumprir nossas tarefas diárias – trabalho, família, filhos, relacionamento, finanças – é o hodierno Golias. Mas, sobrecarregados com peso demais às costas, às vezes nos damos por vencidos e seguimos o provável script: a derrota.
Uma pequena pedrinha. Nada mais. Uma pedrinha e uma perspectiva adequada. Olhar pelo ângulo correto e enxergar uma fresta. É tudo de que precisamos. Os gigantes estarão sempre por aí. E cada vez mais altos e fortes. Não são invencíveis. O script provável nem sempre é o único possível. Sejamos reis na nossa própria história! Pensarão duas vezes antes de atravessar nosso caminho novamente. É tudo sobre coragem.
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NOVA VAGA - 17/12/2024