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Flávio Venturini e Ricardo Bacelar lançam EP Telepatia

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publicado em 13/07/2024 às 11h37
atualizado em 13/07/2024 às 15h16

Kubitschek Pinheiro MaisPB

Fotos –  Nicolas Gondim:

Juntos pela primeira vez, o músico mineiro Flávio Venturini  e o cearense Ricardo Bacelar, cantor e compositor que tocou na banda Hanói-Hanói, lançam “Telepatia”  com selo da Jasmin Music. Gravado em Fortaleza, com três faixas, o EP já está nas plataformas e traz “Lareira”, inédita de Venturini, que ganhou videoclipe.

O selo cearense Jasmin Music de Ricardo Bacelar já fez projetos com Toninho Horta, Gilberto Gil e Jaques Morelenbaum, entre outros. O estúdio de Bacelar é um dos melhores do Brasil, com todos os equipamentos possíveis.

Além da inédita “Samba Saudade”, o EP traz “Telepatia”, parceria de Venturini e Jorge Vercillo, e “Lareira”, composição do próprio Venturini. A gravação de “Lareira” conta ainda com a participação de Maria Bacelar e Sara Bacelar nos vocais. O guitarrista e produtor Torcuato Mariano também está no projeto, dividindo a produção com Ricardo Bacelar.

O EP também conta com Robertinho Marçal na bateria, Hoto Júnior na percussão e Nélio Costa no contrabaixo.

Em entrevista ao MaisPB, os artistas Ricardo Bacelar e Flávio Venturini  (autor de “Todo azul do mar”,  sua e Ronaldo Bastos e outras canções na voz de Milton Nascimento), contam com entusiasmo desse projeto Telepatia. Bacelar anuncia novo trabalho –  um disco novo com a Leila Pinheiro, com participação do Jaques Morelenbaum.

MaisPB – E aí rapaz, foi bater em Fortaleza e produzir esse EP, esse som fantástico com Bacelar. Vamos começar por aqui?

Flávio Venturini – Foi ótimo estar em Fortaleza produzindo esse EP com o Ricardo Bacelar. Eu o conheci não faz muito tempo, através de um compositor e jornalista amigo que mora em Fortaleza, Cacá Raymundo. Depois de um encontro que foi muito legal, combinamos de fazer uma música e quando finalmente aconteceu a gravação, achamos que o vento estava a favor, como se diz, o astral estava muito bom, o clima musical. Por que então não fazer três? Então transformamos esse encontro musical num EP.

MaisPB  – Foi você que levou o guitarrista e produtor Torcuato Mariano, para dividir a produção deste trabalho com Ricardo Bacelar. Fala aí da presença do Torcuato?

Flávio Venturini – Sim, foi minha ideia de levar o produtor Torcuato Mariano, que me acompanha desde os anos 90, produzindo os meus discos, e que também tornou-se um grande amigo, por quem eu tenho uma grande admiração como músico e produtor. Foi muito benéfica e produtiva a presença do Torcuato, contribuiu muito pro resultado ficar bom como ficou.

MaisPB – ” Todo azul do mar”, é sua e Ronaldo Bastos, tanta coisa bacana vocês já fizeram em Minas, dos gerais, miltons.  Falai ai

Flávio Venturini – Sim, eu tenho um grande carinho por essa minha parceria com o Ronaldo, e com todos os letristas do Clube da Esquina, né? Márcio Borges e Murilo Antônio são parceiros muito frequentes na minha carreira. Com o próprio Milton eu tenho duas canções e tenho muito orgulho desse trabalho que a gente fez em Minas. Foi muito criativo, de muito boa qualidade e faz parte da minha história a minha entrada no Clube da Esquina. Mas realmente eu participei de outros projetos como o grupo O Terço, no começo da minha carreira, e do 14 Bis. Recentemente venho fazendo uma carreira solo.

MaisPB – Qual a experiência no 14 Bis. A banda acabou quando?

Flávio Venturini – A experiência no 14 Bis foi um sonho realizado. Um sonho de criança que veio dos Beatles. E a gente realizou isso após  o grupo O Terço e também depois da minha passagem pelo Clube da Esquina. Mas havia esse compromisso meu e do Vermelho de fazermos uma banda que foi também inspirada nos Beatles, no começo da nossa carreira, aquela banda dos sonhos que se realizou, porque o 14 Bis fez muito sucesso, foi muito legal. Depois de oito anos, resolvi que deveria seguir a minha carreira solo, já havia gravado dois discos solo na gravadora EMI, aí a banda seguiu o caminho dela. O 14 Bis não acabou, continua fazendo shows. Existe um projeto no ar de se fazer um retorno meu por um ano, com a gravação de um dvd e um disco num grande show. No momento eu estou me preparando para uma turnê comemorativa dos meus 50 anos de carreira, para o ano que vem. O projeto do 14 Bis seria depois. Tenho um grande carinho pela banda, meu irmão está lá, o guitarrista Cláudio Venturini , que se tornou o “band leader” , e a gente está sempre junto.

MaisPB – Quando Flávio Venturini vem à Paraíba? Seria legal uma turnê desse trabalho com Barcelar e os outros sons?

Flávio Venturini – Eu tenho um grande carinho por João Pessoa, tenho amigos queridos aí e no ano passado a gente se apresentou rapidamente no Teatro Pedra do Reino, foi muito legal no show Encontro Marcado que tinha o meu trabalho, do 14Bis e do Sá e Guarabyra. A princípio eu e Ricardo não estamos com nada pensado sobre uma turnê, mas uma possibilidade de encontro também pode ser, de repente a gente consegue fazer um show juntos, mas como eu falei eu estou com bastante projeto para o ano que vem, mas é uma ideia também . Um grande abraço a todo o pessoal de João Pessoa e da Paraíba.

MaisPB – De cara, o EP Telepatia, (de Venturini e Vercílio) tem  muito a ver com essa celebração, esse encontro entre você e  Flávio Venturini?

Ricardo Bacelar – O EP Telepatia foi surgindo aos poucos, a gente se encontrou e o Flávio veio jantar na minha casa. Combinamos de fazer uma faixa e acabamos fazendo três, porque o trabalho aconteceu de uma forma muito prazerosa, muito leve e natural. Foi assim que aquele single virou um EP de três faixas. Nosso encontro foi bem especial e também com o Torcuato Mariano, produtor do Flávio que veio para Fortaleza: ele é guitarrista maravilhoso e acabamos produzindo o EP juntos.

MaisPB  – Como se deu esse momento Bacelar e Venturini, já tinham trabalhado juntos?

Ricardo Bacelar – Bem, nós nunca tínhamos trabalhado juntos. Foi um encontro que aconteceu por conta do Caca Raymundo, jornalista amigo do Flávio, que o trouxe aqui e a gente se conheceu . O Flávio veio para Fortaleza  e ficou uma semana aqui em casa. Gravamos tudo aqui, no Jasmin Studio, onde tivemos a oportunidade de passar muito tempo e trabalhar juntos. Foi ótimo.

MaisPB – Gravação caseira da melhor qualidade no Jasmin Studio, em Fortaleza, o EP  traz a inédita “Samba Saudade”, primeira parceria de Venturini e Bacelar. Vamos sobre essa novidade, que a colaboração do letrista Murilo Antunes.

Ricardo Bacelar – Ele me mostrou esse material inédito, que é a música Samba Saudade, que já tinha uma primeira parte com a letra. Achamos que precisava de um refrão e eu completei a música, fiz a segunda parte. Depois, o Murilo Antunes completou com a letra e assim nasceu a nossa primeira parceria. Apesar do nome da música ser Samba e Saudade, é uma Bossa Nova, com a marca forte do Flávio. Ele trouxe a música e eu fiquei animado, achei bonita, bem feita, e acabamos gravando.

MaisPB – O EP tem a participação de Robertinho Marçal na bateria, Hoto Júnior na percussão e Nélio Costa no contrabaixo – bora destacar os músicos?

Ricardo Bacelar – O EP tem a participação do Torcuato Mariano na produção, guitarras e violões. O Robertinho Marçal é um super baterista, muito consciente, muito preciso, e foi a primeira vez que gravei com ele aqui, uma grata surpresa. O Hoto Júnior já grava comigo há muito tempo, assim como o Nelio Costa. A gente tem aqui, em Fortaleza, músicos de alto nível e eu sempre chamo alguém daqui, também.  O Nélio Costa,  baixista experiente, toca baixo elétrico, baixo acústico, é arranjador; o Hoto Júnior é um percussionista muito criativo, acabei de fazer um disco com o Jaques  Morelenbaum, que vai sair na sequência, e o Hoto deu um toque todo  especial ao projeto.

MaisPB – Muitas projetos, mais produções?

Ricardo Bacelar  –  Tenho muitos projetos e produções em vista. Vou lançar um disco com a Leila Pinheiro, com participação do Jaques Morelenbaum; um disco autoral com o Jaques Morelenbaum,  que nós dois fizemos; um disco meu, ao vivo,  entre outras coisas em andamento. Aqui no Jasmin Music a gente está sempre trabalhando, seguindo no caminho de ser um selo de música brasileira , investir em produtos mais sofisticados, formar uma coleção que tenha a cara da música brasileira, mais perene e mais acústica, também.

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