João Pessoa, 21 de janeiro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A piloto Helena Soares, de 30 anos, encara com tranquilidade o desafio de dirigir uma caminhonete em alta velocidade por terrenos acidentados. Conhecida como a musa dos ralis, a paulistana que atualmente vive em Goiânia aceitou um novo desafio neste ano: será destaque de chão da escola de samba X-9 Paulistana durante o desfile no Sambódromo do Anhembi.
“Eu nunca desfilei em nenhuma escola. Nunca fui nem em micareta. Mas visitei a quadra, conheci a comunidade e me apaixonei”, diz.
O convite da direção da escola aconteceu porque o enredo irá falar sobre a comemoração dos 20 anos do Rally dos Sertões. E Helena conhece bem a competição, pois já esteve em quatro edições. Ela tem lembranças boas da disputa. “São dez dias conhecendo lugares que você nem imagina pelo sertão do país”, conta.
Para aguentar o ritmo das corridas, ela malha bastante. “Em um rali mais longo, como o dos sertões, eu perco em média 7 kg. São quase 12 horas dentro do carro, bebendo só água”, afirma. “Eu preciso ter muita força também por causa da parte mecânica. Um pneu da caminhonete é pesado e eu que preciso trocar caso fure durante a corrida.“ Com o convite da X-9, ela acrescentou aulas de samba às atividades físicas. “Eu sabia pilotar, mas sambar, não”, diz, aos risos.
Helena esteve em São Paulo nesta sexta-feira (20) para experimentar a fantasia que usará no Anhembi e escolher a roupa do próximo ensaio técnico. “A fantasia terá muito brilho, vai ser bem no tema da vitória. ” Ela conta que teve um pouco de receio de usar uma roupa muito pequena na avenida. “Eu não tenho timidez com foto ou com o público, mas tive um pouco de receio de viver esse lado mais sensual. Agora estou tranquila”, afirma.
A musa diz que gosta de automobilismo desde criança. “Aprendi a dirigir muito cedo”, lembra. E ela não se assusta nem em situações capazes de deixar qualquer um com medo. No ano passado, durante uma prova, a caminhonete onde estava capotou duas vezes. “Eu entrei em um trecho mais travado, vi o adversário à frente e ultrapassei meu limite. Era uma descida muito lisa, eu bati em uma pedra e capotei duas vezes”, conta. Helena não sofreu qualquer ferimento. “Os equipamentos são muito seguros.”
G1
OPINIÃO - 22/11/2024