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ARSENAL DO CRIME

Segurança registra aumento de apreensão de armas em 2011 na Paraíba

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publicado em 21/01/2012 ás 10h28

Em 2011, as polícias Civil e Militar da Paraíba registraram aumento no número de apreensões de armas em todo o Estado.

Com as ações de prevenção e repressão ao crime organizado, 2.179 armas de fogo foram retiradas de circulação. Em 2010, foram apreendidas 1.709 armas. A maior parte das apreensões ocorridas este ano foram na Capital e Região Metropolitana de João Pessoa: foram 1.177 armas recolhidas, 402 a mais que no ano anterior.

O Laboratório de Balística Forense da região de Campina Grande contabilizou 509 armas recebidas para exame. Em 2010, foram 492. Houve aumento, também, na região de Patos. No Laboratório que atende o município de Patos e outras 90 cidades, 493 armas foram recebidas para exames, 51 a mais que em 2010.

No comparativo mensal, maio (199 armas), julho (244 armas) e novembro (215 armas) foram os meses com maior número de apreensões. Em 2010, destacaram-se os meses de março (192 armas), novembro (165 armas) e dezembro (145 armas).

Revólveres são os mais apreendidos – Das 2.179 armas apreendidas na Paraíba ao longo de 2011, um total de 1.389 foram revólveres, 483 foram espingardas, 279, pistolas, e 28 figuraram como “outros”. Os dados foram fornecidos pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba. “O revólver, mais produzido no Brasil, é um tipo de arma comum, cujo preço é mais comercial. Por isso representam a maioria das armas apreendidas”, explicou o tenente coronel Júlio César, assessor de ações estratégicas da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds).

Segundo ele, a avaliação do número de apreensões é positiva, uma vez que resulta na redução das mortes violentas no Estado. “Em 85% dos assassinatos registrados na Paraíba, no ano passado, foram utilizadas armas de fogos. Com menos armas na mão de criminosos, teremos menos registros de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI)”, afirmou.

O secretário de Segurança Cláudio Lima destacou a importância das operações de médio e grande porte realizadas em todas as regiões da Paraíba para aumentar as apreensões de armas. “Em 2011, realizamos cerca de 60 operações policiais, do Litoral ao Sertão. Em cada uma delas, apreendemos um volume significativo de armas. Vamos intensificar essas ações, investindo cada vez mais na repressão qualificada, buscando uma polícia integrada e mais próxima do cidadão”, garantiu.

Este ano, durante uma única operação realizada em Catolé do Rocha, foram apreendidas 35 armas de fogo. Foi a Operação Resgate, realizada pela Polícia Civil no dia 10 de janeiro, com a participação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, em que foram presas 24 pessoas.

Operações fixas – A Polícia Militar dará continuidade em 2012 à Operação Cidade Segura. O foco da ação é o combate ao porte ilegal de armas e ao tráfico de drogas, com a abordagem de pessoas, de veículos, vistorias em bares e ônibus, além de cumprimentos de mandados de prisão. Na operação, a polícia realiza o controle de pontos estratégicos, focando os dias, horários e locais mais violentos.

A análise criminal realizada semanalmente pelo Núcleo de Análise Criminal da Assessoria de Ações Estratégicas da Seds orienta o emprego dos policiais. Uma equipe formada por policiais civis e militares mapeiam e fornecem subsídios concretos para a ação policial.

Outra medida que tem contribuído para o aumento das apreensões de armas é a Operação Divisa Segura. A ação integra as polícias Civil e Militar dos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí e Bahia, no combate à criminalidade nas cidades limítrofes. Desde o início da operação, em agosto de 2011, 20 operações foram realizadas em diferentes cidades do Nordeste.

Só na Paraíba, mais de 100 armas foram apreendidas durante as barreiras policiais e várias pessoas foram presas, acusadas de porte ilegal de arma, crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas, homicídio, entre outros delitos.

Destino das armas – Todas as armas apreendidas pelas polícias Civil e Militar são encaminhadas para o Instituto de Polícia Científica (IPC), para passarem por exames. “Esse é o procedimento correto e exigido pelo Estatuto do Desarmamento”, explicou o diretor do Instituto, Humberto Pontes. Depois de passarem por exame pericial, as armas são enviadas de volta às delegacias e encaminhadas para a Justiça, onde são mantidas até que sejam remetidas às Forças Armadas para serem destruídas.

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com Secom-PB