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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Apneia, Bajau e Roberto Marinho

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publicado em 21/07/2024 ás 10h39

Ficar sob a água, boiando, na linguagem popular, com o rosto imerso na água,  apenas com ajuda do ar dos pulmões, sem a ajuda de um tanque para respirar, é a principal característica do mergulho em apneia, também conhecido como mergulho livre ou simplesmente “apneia”. Alguns praticantes dessa modalidade apontam a liberdade de movimentos como uma das vantagens sobre o mergulho autônomo.

Pouca gente sabe, mas o Dr. Roberto Marinho, o fundador das Organizações Globo, adorava praticar esportes aquáticos. Pesca submarina e mergulho eram os preferidos. Esse era um lado desconhecido do Dr. Roberto que por coincidência adere ao seu sobrenome.

Uma entrevista antiga sua traça um perfil do empresário com o título “O lado marinho do Dr. Roberto”, falando sobre o pioneirismo dele na caça submarina e a paixão pelos esportes do mar.  Em 1956, com quase 52 anos, começou ele próprio a praticar caça submarina. Para mergulhar, mandou fazer roupas especiais de borracha de pneu, uma novidade na época, a primeira do Brasil, encomendada à casa da borracha. Tinha excelente fôlego e mergulhava em apneia, ficando minutos submerso segundo relatos de amigos e parentes. 

Mas tem uma classe de mergulhadores que pouca gente conhece. Os Bajaus são primeiros humanos geneticamente adaptados para mergulhar.

Conhecidos como “nômades do mar”, os bajaus vivem no mar há séculos e são mergulhadores mais fortes possivelmente graças à seleção natural.

A maioria das pessoas consegue prender a respiração debaixo de água por alguns segundos ou até poucos minutos. Mas os “bajau” levam o mergulho livre ao extremo, permanecendo submersos por até 13 minutos a profundidades de cerca de 60 metros. 

Esses nômades vivem nas águas que cercam as Filipinas, a Malásia e a Indonésia, onde mergulham para pescar ou apanhar elementos naturais usados no artesanato. O Dr. Roberto era quase um Bajau, Incrível, não é? 

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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