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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O “novo” Cássio

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publicado em 26/10/2011 ás 07h35

Por mais dolorido que seja, o sofrimento é capaz de produzir pedagogias, ensinamentos e lições. Por mais paradoxal que pareça, a dor tem esse poder de transformação. E o martírio vivido pelo senador Cássio Cunha Lima tende a refletir na postura do tucano daqui em diante. É o que ele próprio tem externado.

A julgar pelas últimas entrevistas, Cássio tem se empenhado em suplantar o ‘rame-rame’ político, embora seja provocado nessa esteira por nove de cada dez perguntas da imprensa, ávida por saber as reações sobre temas da ordem do dia.

E que assim seja. A luta travada por Cássio não pode se resumir ao embate jurídico, que ao final lhe favoreceu. Quem experimentou o amargo e o doce da política encontra base para se abster da mesquinhez nossa de cada dia.

Mesmo tendo sido vítima de campanhas implacáveis e do acirramento político vigente, e justamente por conseguir atravessar essa fase, Cássio está maduro suficiente para ser um agente conciliador dos tensionamentos agudos da Paraíba.

Foi pelo triunfo desse Cássio que a Paraíba esperou e torceu. Por tudo que viveu, pelas reviravoltas, desesperança, encorajamento e gestos de solidariedade, Cássio tem a obrigação de corresponder as melhores expectativas depositadas pelo povo.

Com toda a vivência administrativa e política acumulada, e pelo próprio testemunho pessoal, Cássio pode liderar – não no sentido de superioridade – a construção de uma nova cultura política, sem ódio e retrovisor, por mais distante que essa realidade possa parecer. Ninguém mais que ele sabe que vale a pena persistir.

Nova pauta
Na coletiva, ontem, Cássio chegou a censurar a imprensa, com ponderação e polidez, e pedir a inclusão de perguntas voltadas para os grandes temas da Paraíba.

No caderninho
Os atentos cassistas anotaram as três ausências do senador Cícero Lucena: na chegada à Campina, na diplomação no TRE e na entrevista coletiva da Fecomércio.

Ricardo e Agra na posse
O governador Ricardo Coutinho está em Brasília hoje cumprindo agenda nos ministérios ao lado do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra. No entanto, a dupla socialista já reservou espaço para comparecer à posse de Cássio no Senado, caso a Mesa Diretora decida cumprir a formalidade logo de imediato.

Endurecendo o jogo
Ricardo descartou qualquer retomada de diálogo com o Sindifisco. Pelas contas do governador, o sindicato dos agentes fiscais já foi recebido por 19 vezes. “Somente eu me reuni duas vezes com a categoria”, frisou Coutinho. Noutro plano, o Sindifisco continua reclamando falta de diálogo.

Sede pelas águas da transposição
Antes da posse já há uma convergência. O senador Vital Filho (PMDB) prometeu cobrar a retomada das obras da transposição do Rio São Francisco, em São José de Piranhas, Alto Sertão da Paraíba. Na coletiva, Cássio também tocou no assunto e sinalizou engajamento na causa.

Não se rende
O advogado Michel Saliba, da defesa do ainda senador Wilson Santiago (PMDB), estuda ingresso no TSE de um recurso contra diplomação de Cássio.

Sinônimos
Saliba não acredita em procrastinação do Senado, mas deixou escapar o secreto desejo: a consultoria jurídica da Mesa pode ter uma ‘interpretação diferente’.

Intrincamentos
O jurista tentou desmentir a participação da advogada Luciana Lóssio, nova ministra do TSE, no Caso Santiago. “Ela saiu do processo e já foi substituída”.

Interesse
Na verdade, o escritório dela já havia sido contratado pelo peemedebista. Com a nomeação, Lóssio não pode mais atuar no processo. E torcer, pode?

Pra recordar
Ainda no último dia 13, a Coluna deu a pista ao noticiar a nomeação de Lóssio, com a pimenta de que havia ‘alguém’ na Paraíba com motivo para comemorar.

Agulhada
O advogado Luciano Pires, da banda de defesa de Cássio, classificou de “desespero jurídico” os sinais de sublevação da parte que advoga para Santiago.

Espalhando brasa
Na defesa da candidatura de Luciano Cartaxo, o deputado Anísio Maia (PT) não poupou nem os aliados da Oposição. “Maranhão já devia ter encerrado sua jornada”.

Contestação
O deputado Janduhy Carneiro voltou a acusar golpe no Congresso do PPS, programado para hoje, 13h, na sede da OAB. “O processo está eivado de ilegalidade”.

Sem arestas
Apesar da resistência bernardina, a deputada Gilma Germano, nome quase de consenso no PPS, espera a presença do presidente do partido no Congresso.

Túnel do tempo
“Ricardo também disse que a aliança seria duradoura com Maranhão”. Lembrança da infalível memória do vereador pessoense Fernando Milanez (PMDB).

PINGO QUENTE “Wilson Santiago era…”Do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) considerando um “absurdo” a possibilidade de não tomar posse nas próximas 48 horas no Senado pelas mãos da Mesa Diretora.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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