João Pessoa, 27 de julho de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Retenho, tenho, não tenho, terei. Não sou semideus, nesse espaço do incansável homem sertanejo a penetrar no reino dos deusas. Não sou eu o Narciso.
Quero essa fonte onde a espada chega perto do cântaro, cantar, e gargalo, com outras asas no reflexo da cobra do paraíso. Minerva me fez acordar quase embalsamado, abissal. Quase sal.
Cá no Olimpo da terra, no fundo da agulha que se recusa a passagem dos camelos, dos timbus, atravessando a procissão do sol numa fila que vai bater no inferno astral de cada um. Sou Poseidon, sou Atena.
Gratidão, palavra gasta, enquanto se comemora a ceia e revolta contra o titã Cronos.
Uma semideusa trôpega tropeça na calçada do Templo. Já foi poderosa…
Não atire pedras. Inconformados semideuses não cansam de atirar na abstração.
Os conversíveis dormem nas garagens e dão ordens de Zeus aos empregados pelo aplicativo.
A flores inundam a fazenda de Pilar, com holografias de delírios, e o rapaz pergunta – até onde posso pode ir?
O deputado-clone, cospe fogo em si e o prefeito gabiru chega sem pedir licença, é um brutamontes, na terra de Joca, digo Jeca Tatu, um pobre caboclo que morava no mato com Monteiro Lobato.
Tão pacífico, desvio meu olhar para podres poderes sem atributos. Até tu,Brutos?
Adonis e o javali.
Apolo e Dafne.
Desvio do arame, dos mantos dos semideuses. Tal dia, o despencar do prego que sustenta o quadro de Cornelis de Vos (foto) dos amores e morangos mofados.
Belo é o veludo verde da Hera que abraça o muro da casa, e eu do lado de fora, chamo para o banquete dos consomês, do néctar e da ambrosia.
Centopeias, joaninhas, lagartixas, espadas de São de Jorge no espelho da lata onde não me cabe. Disposto, ganhei essas ilusões à toa
Não dê vitória a dor, estenda o tapete, que o fogo é embriagador. Eu Prometeu e cumpro.
Batata da perna, banana da terra, contempladores sem espelho, amém.
Kapetadas
1 – Da abertura das Olimpíadas, nós sempre teremos Paris.
2 – Bonita é Copacabana é mais sedutora.
3 – Ilustração – Apollo persegue Daphne. Cornelis de Vos (1584-1651).
2 – O homem não é o único que ri, ele é a espécie que paga para existir. Pior, né?
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024