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O juiz federal André Luís Maia, presidente do Tribunal do Júri e titular da 1ª Vara Federal de Alagoas, determinou nesta quinta-feira (19) a prisão dos cinco condenados pela morte da deputada federal Ceci Cunha, do marido e de mais dois parentes dela em 1998.
O julgamento, em primeira instância, terminou com a determinação de penas que variam entre 75 e 105 anos. Na visão da promotoria, o crime que ficou conhecido como "Chacina da Gruta" foi planejado pelo então suplente da deputada, que desejava assumir o mandato. A defesa dos réus recorreu da condenação.
O júri popular começou na segunda-feira (16) e terminou pouco depois das 7h desta quinta. Os debates entre defesa e acusação duraram 23 horas e o juiz levou quase duas horas na leitura da sentença.
O juiz determinou que os réus saíssem do tribunal presos, considerando que o Supremo Tribunal Federal (STF) admite a prisão preventiva dos autores da chacina devido ao constrangimento da Justiça, após a demora de tantos anos para o júri ser realizado após várias ações de recurso da defesa tentando postergar o julgamento.
Logo após a sentença, o advogado dos réus entrou com um recurso de apelação contra a condenação e pediu que o juiz remeta os autos para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
A defesa argumenta também que os réus foram de livre e espontânea vontade ao local e pediu que eles pudessem falar com seus familiares antes de serem conduzidos à cadeia pela Polícia Federal.
O advogado também pediu prisão especial para ex-deputado federal Talvane Albuquerque, que é médico. Os dois pedidos foram aceitos. Também foi dispensado o uso da algema.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024