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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Mais um prédio histórico incendiado

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publicado em 30/07/2024 ás 07h00
atualizado em 30/07/2024 ás 08h11

Um prédio histórico no Centro de João Pessoa pegou fogo na madrugada desta segunda-feira (29). A notícia saiu num rodapé, como se não fosse nada e  ninguém a proteger com pontapés o desastre. Nenhum lembrete futuro. É fogo, viu?

O Corpo de Bombeiros foi chamado para uma perícia e deverá estabelecer o que teria causado o incêndio. Só isso, e nada nada.

Localizado no entorno de Estação Ferroviária, no Varadouro, o prédio foi restaurado na gestão de Luciano Cartaxo, mas ficou lá fechado. Segundo Seu Zé Pereira, sentado numa cadeira na  calçada do prédio, a culpa é dos “cheira cola” Deu vontade rir.

Quando a gente acha que está vendo o quê não está,  eu vou segurando essa barra de ver prédios e casas abandonadas em ruinas incendiadios, demolidos.

Alguma novidade?  Não, mesmo que triste, da nossa época, topar com os prédios históricos pegando fogo, de uma cidade que fará 439 anos na próxima segunda-feira, mas ninguém faz nada.

Ou, traduzindo mal, a galera agora é uma horda única de  mal,  formada por tribos valentes, que dominam e mandam no pedaço.

A filosofia, propriamente barata, começa quando se percebe que não há resposta para a pergunta: de quem é a culpa? É impossível encontrar uma conceituação que dê conta desse abandono de uma cidade, desde quando João Pessoa foi alvejado de balas por João Dantas. Ou bem antes.

Contingencias estão relacionadas a várias gestões de prefeitos inúteis e a partir deles, passa a ser uma pergunta sem resposta ao buscar responder, o que é cuidar de uma cidade como João Pessoa, um cão sem dono.

O indivíduo que está nesse caminho, que bota fogo num prédio histórico, bota na centro inteiro, pois, nele sequer interessado. Só pode ser uma onda…

Buscar o centro histórico restaurado é ilusão, cada dia mais destruído, pelo homem, pelo fogo.

Estão aí as fotografias e um feliz aniversario para cidade que vê seus prédios e monumentos pichados, destruídos, e dinheiro sendo usada para viagens, luxo, hotéis caros em Paris etc.

Kapetadas

1 – Os otimistas vivem mais, mas os pessimistas têm menos desilusões.

2 – O mais incomum no mundo de hoje é alguém querer ser comum. Te dana!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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