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AVANÇO

País terá vacina injetável contra pólio a partir do segundo semestre

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publicado em 18/01/2012 ás 18h21

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira a introdução de duas vacinas no Calendário Básico de Vacinação da Criança. A partir do segundo semestre deste ano, também serão aplicadas a vacina injetável contra a poliomielite, feita com vírus inativado, e a vacina pentavalente, contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B. A pasta informou também que a vacina oral contra pólio, com vírus atenuado, será mantida.

Segundo o Ministério da Saúde, a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), injetável, vem sendo introduzida nos países que já eliminaram a doença, como é o caso do Brasil. Por outro lado, destacou recomendação feita pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), para que os países da América continuem usando a Vacina Oral Poliomielite (VOP) até a erradicação mundial da doença. O vírus ainda circula em 25 países.

Somente as crianças que estão iniciando o calendário de vacinação receberão a VIP, aos dois e quatro meses de idade. A vacina oral será aplicada nos reforços, aos seis e 15 meses de idade.

Já a pentavalente vai oferecer imunização contra cinco doenças, atualmente cobertas por duas vacinas diferentes. Será aplicada aos dois, quatro e seis meses de idades. Haverá ainda dois reforços, a partir dos 12 meses e entre os 4 e 6 anos, quando as crianças serão vacinadas com a DTP, contra difteria, tétano, coqueluche. Já os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 12 horas de vida. A vacina pentavalente será produzida pelos laboratórios Fiocruz/Bio-Manguinhos e o Instituto Butantan. Num prazo de quatro anos, a vacina deverá se transformar em heptavalente, com a inclusão da VIP e da meningite C conjugada.

– As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que poderá resultar em uma maior cobertura vacinal – disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ele também afirmou que as mudanças fazem parte da política de aperfeiçoamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo ele, também pemitirão estimular o desenvolvimento tecnológico nacional, diminuindo a dependência da produção estrangeira.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, também destacou a redução de custos ao combinar a imunização contra diferentes doenças em uma única vacina. O ministério calcula uma economia de R$ 700 mil ao ano com a pentavalente. Em 2012, serão adquiridas 8,8 milhões de doses da pentavalente, a um custo de R$ 91 milhões.

– São produtos que reúnem um número maior de antígenos capazes de estimular a resposta imunológica contra mais de um agente infeccioso, vírus ou bactéria. Tudo isso em única apresentação – afirmou Barbosa.

Quanto à vacina injetável contra pólio, serão adquiridas 8 milhões de doses, ao custo de R$ 40 milhões. Segundo o ministério, outras 3 milhões de doses já foram compradas em dezembro de 2011, para a manutenção de estoque estratégico.

O Globo