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O ex-deputado Talvane Albuquerque negou na terça-feira (17) em depoimento ao tribunal do júri a acusação de mandar matar a deputada Ceci Cunha (PSDB-AL), em dezembro de 1998, para ficar com o seu mandato na Câmara dos Deputados.
Talvane e outros quatro réus estão sendo julgados pelo crime desde segunda-feira (16) em Maceió. Na chacina, morreram também o marido de Ceci e outro dois parentes.
Em seu depoimento, Talvane disse que foi atraído pelo pistoleiro Maurício Guedes para uma conversa, que foi gravada e depois usada para incriminá-lo.
Na gravação, feita pelo pistoleiro em outubro de 1998, ambos tratam da morte do então deputado federal Augusto Farias. Augusto, irmão de Paulo Cesar Farias, também havia sido eleito para a Câmara.
Com sua morte, Talvane assumiria a vaga, pois era o primeiro suplente da coligação. De acordo com a Procuradoria, Talvane mudou de alvo e decidiu matar Ceci depois de Augusto descobrir a trama.
Talvane disse que só ele foi investigado pelo crime, sendo que havia outros interessados na morte, como o ex-governador Manuel Gomes de Barros.
Procurado, Barros disse que as declarações de Talvane decorrem do "desespero de quem está na iminência de uma condenação enorme".
O julgamento pode se estender até amanhã.
Folha.com
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