João Pessoa, 25 de agosto de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Martin Collins estava preocupado com sua saúde. Havia saído de uma consulta médica de retorno após exames e o nefrologista receitou fibras, suco de limão e exercícios físicos para melhorar a situação de suas pedras nos rins. Então ficou sabendo que não havia contraindicações para a prática de exercícios nos momentos livres de dor e como não tinha dor alguma ainda resolveu visitar o parque de Montanha russa da Disney, pois já estava com pacote pago junto com sua família. Lembrou das palavras do seu médico: “Se o paciente diagnosticado com cálculo renal não apresentar sintomas e não estiver sentindo dor, ele pode fazer caminhadas, academia ou praticar esportes leves”.
Diante do exposto, Martin, um eufórico fã do chacoalhão aleatório das montanhas russas, saiu visitando todas as ondas possíveis pelo famoso complexo.
Seguiu à risca o conselho de não comer presunto, bacon, mortadela, apresuntado, linguiça, salsicha, mostarda, catchup, isto é, alimentos ricos em sal, passando incólume por entre os inúmeros corredores de cachorro-quente do mundo de Walt Disney.
Muita água para dentro e muita água para fora antes e depois das viagens instantâneas das montanhas artificiais.
A cada ida ao banheiro, percebia um barulhinho esquisito no metal do mictório.
Não deu importância no momento, mas chegando em casa, ligou para o médico para informar do inusitado, pois estava um pouco acabrunhado.
Dando risada, o doutor aliviou sua consciência falando de um estudo que relata justamente que o sacolejar da montanha russa em ação contribui para o movimento das pedras, guiando-as pelas passagens, sugerindo que Martin havia expelido as pedras preocupantes. A conclusão feliz dessa história sugere que um bom passeio em montanha russa pode beneficiar pacientes com cálculos renais moderados.
Às vezes, o que precisamos da vida é uma boa chacoalhada!
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HORA H - 22/11/2024