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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

recuo e avanço

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publicado em 10/09/2024 ás 07h00
atualizado em 10/09/2024 ás 08h10

não há  mais pedras no caminho no meio do tempo e a letra A tem seu nome e posso aventurar-me a perguntar as flores da terra as nuvens do céu o que significa isso se não sou o grande labrego que  explode no ar e sua presença é vento sob as oliveiras choro e morro amanhã nos sinais fechados e sabem meus pés descalços onde piso e os lírios sem a tristeza dos campos dos mortos entorno onde ninguém jamais compreenderá as quedas da paisagem d´água que ainda escorre pelas ruas que andei procurei, procurei, procurei te encontrar com esse corpo meu envelhecido que vez em quando se acorda com um grito solto parado no ar mas o silêncio continuo toma conta de mim

nem eira nem beira onde nem nunca jamais vou saber e não há e foi talvez pela última vez ou antes do que ter sido ou este estado mais adiante quase nada além de uma ilusão daqui dali acolá meu nome inscrito vai se não está e tende ao outro explicar que foi apenas uma retribuição aqui mesmo reparada agora nesse instante o próximo desconhecido por meio sempre quando o primeiro encontro na primeira pessoa escutava o  gemido que sempre vê-se o todo confluindo ao que resiste quando percebe-se é aqui mesmo uma coisa e outra extraordinária

eu queria escrever cem virgulas escrever com o sangue sem as veias explodindo em mim queria escrever a morte no punho a vida no prumo e guerra no coração e toda guerra é a mesma a bomba atômica na mente mas não minto e  o coração essa velha catedral com suas palavras me socando o estomago o sangue escorrendo nas letras  aí matei a família e não fui ao cinema com as tripas arrancadas com a mão mas o crânio explodindo ao acoite dia e noite ao som do grilo o jorro mas o suicídio não

palavras batem na mesa sem murros no muro  mas com urros e o medo passa longe na estrada do coito e do jorro estrondo silencioso e milhões de afetos depois e bem ali a força de um trem sem horas senhoras numa explosão da natureza e veio o bedel o juiz o mané fogueteiro e as donas de sutilezas intensas melhores não poderiam existir aqui agora

Kapetadas

1 – 1 – Quero a sua risada mais gostosaaa esse seu jeito de achaaaar que a vida pode ser maravilhooooosaaa, estou meio viciado em ivan lins, mas acho que não é o fim.

2 – Faça o que eu faço mas não faça o que eu digo, ou faço

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