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Única mulher a dirigir uma Federação de futebol no Brasil, a advogada Michelle Ramalho, presidente da Federação Paraibana de Futebol, defendeu, em entrevista ao programa Hora H, na TV Manaíra, o papel feminino na sociedade e nas conquistas do esporte, mas rejeitou, ao mesmo tempo, qualquer rótulo sobre sua defesa.
“Não sou feminista, mas também não sou machista. Entendo que é importante haver algumas políticas de cotas, mas infelizmente tem que ter cota. O ideal era que não tivesse. No primeiro momento é importante. Mas, de certa forma eu sempre consegui meus espaços, tanto na OAB quanto no futebol, sem politicas de cota. As mulheres podem chegar onde quiserem”, disse Michelle Ramalho, presidente da FPF e cotada para presidência da Confederação Brasileira de Futebol.
Estar num ambiente historicamente protagonizado por homens e por machismo não a inibe o exercício do cargo de direção em toda sua plenitude. Para driblar o preconceito, diz que usa o “conhecimento” como arma.
“Quando estou em reuniões com os 27 presidentes [de federações], eu me posiciono com meu conhecimento. A minha arma é o conhecimento. Não basta apenas falar. Eu falo, provo e convenço”, assinalou.
Ela confidenciou que como integrante de federação já viveu situações de tentativas de descredibilização do seu trabalho. “Houve a tentativa de diminuir o meu papel. Por isso eu digo a importância de se qualificar. Passar que não é apenas uma mulher, que não é uma carinha bonita e que passa desfilando. Mas, estamos cumprindo o nosso papel. O que eu sinto é um certo machismo”, desabafou.
Confira a entrevisa completa:
MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024