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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

A sobriedade segundo dr. Homônimo

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publicado em 17/09/2024 ás 07h10
atualizado em 17/09/2024 ás 08h04

Grande parte das pessoas não parecem sóbrias – e não é culpa do celular, que hoje é o companheiro da solidão – que já não é mais vicio. É uma forma de se livrar de outros vícios, numa enorme quantidade de barbitúricos.

Outro dia fui almoçar na casa de Petrus Gonsalvus (foto) e chegando lá vi uma menina de três anos agarrada ao celular da mãe – eu disse qualquer coisa, e a mãe falou que quando dá o celular a filha, “ela deixa de aperrear” – tá certa ela, quem pariu Mateus que balance. O que não é novidade, né?

Hoje se percebe que em lugar de uma perspectiva, falta a sobriedade – não é  só no trânsito, nem culpa da bebida, não é tão-só para oferecer algo a si mesmo numa perspectiva da morgue. Nem DaPena, nem Pablo MarSal.

Muito do que se diz e faz não passa de exalações e bobagens. Muito do vem e “agora vai” dessas tão emblemáticas criaturas, que em vida se afirmam numa espécie de anúncio de homenagens. Nunca vi tanto titulo de cidadão PB – nas barracas de cachorro-quente. Os candidatos mentem horrores. Onde andará o ministro Silvio Almeida?: E o Pe.Egidio?

Todo dia tem uma operação – quase sempre envolvendo pessoas “poderosas” – “perfeitas”, prefeitos escambau e só falta uma operação  “Operação Obituário” e, enfim, será enterrada nas gavetas.

Ninguém fala mais da Operação Calvário, da fuga das galinhas e do monstro do mausoléu, com direito às mais penosas mordomias, visto a andar pela cidade, sem usar mais as tornozeleiras. E dos carecas que elas gostam mesmo?

Pedófilo pediatra é desmascarado dentro e fora dos antigos consultórios, mão boba nas crianças, hoje na solitária domestica. Na esquina 200, um mendigo pede dedinhos de uísque, como quem pede leite.

Quase todos não estão sóbrios, vários com imagens mumificadas em vida com as ligaduras de tantas enganações, gente falando de pássaros, com moscas pousadas nos lábios. Parecem carrancas fugindo do inferno.

Gente que e se diz amiga e chama a outra de “miga” é uma demente e por trás, quer ser a “miga” da cabeça aos pés, numas curtições de personas ciclotímicas, na longa procissão lutuosa e mentirosa.

Personas ciclotímicas  – Pessoas com essa forma de distúrbio são constantemente alegres, autoconfiantes, com energia excessiva, superenvolvidas e intrometidas; elas se impelem com impulsos incansáveis e podem agir de maneira excessivamente familiar com as pessoas. Putz!

São todos do mesmo do buraco, do mesmo ego e jogam contra. E pode anotar – nunca estão sóbrios.

Kapetadas

1 – Não é nada, não é nada, somos todos sobreviventes da 3ª semana de setembro.

2 – Raiva, rancor, ressentimento, recalques, rabugices, – por isso relinchamos, rosnamos, roncamos, rugimos. É pau, é pedra.

3 – Som na caixa: “Terezinha de Jesus de uma queda, foi ao chão”. Cantiga popular de domínico público

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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