João Pessoa, 28 de setembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Fui assistir 50º filme de Woody Allen, “Golpe de Sorte em Paris” e fiquei pensando nele, pensando sim, em sua obra, nos grandes filmes que ele fez.
O cenário me fez lembrar da cidade onde morei um tempo da minha vida e gostaria de ficado lá, nunca ter voltado para a vida minha sozinha. Mas lá eu chorava com saudade do Brasil. Já pensou?
Não há o que elogiar em “Golpe de Sorte em Paris” e nenhum filme carece de elogios, mas gostar, recomendar, é uma praxe, Certamente essa foi a última aventura de Woody Allen, em escrever e fazer um filme em francês, que não me pareceu ter sido uma boa ideia.
“Golpe de Sorte em Paris” traz uma linguagem que parece ter escapado da sintaxe e da composição. É a cultura e a mentalidade de um cineasta que chega aos 88 anos e querer fazer mais um filme, sem manter o padrão da sua obra, com a tramas e o conteudo em vigor.
Bom, a este respeito, “Golpe de Sorte em Paris” prova, mais uma vez, que a certa altura da vida, ninguém é obrigado a escrever um bom livro ou fazer um grande filme. Os últimos filmes de Woody Allen já não indicavam obras de arte – e podem estar vinculadas à idade, práticas de curiosidade e expressão que não duram a vida toda.
O filme é um momento de “sorte” ou azar sobre pessoas, relacionamentos, destino e nosso papel na autoria ou a certa altura da vida. Vamos imaginar um conto, que dá lugar, pela sua relativa repetição, ao ressentimento e ao exame dos personagens envolvidos. Não passa disso.
Essas questões são recorrentes ao longo do trabalho de Woody Allen, assim como uma série de áreas de investigação que habitam o trabalho de qualquer mente criativa, seja na escrita, no trabalho com peças, na música ou na escultura etc, Tudo tem um fim.
A cinematografia deste filme não impressiona. A recorrência de tons frios não tiram o fôlego. Há muito para agradar, assim como para minar a mente.
Não quero lembrar do filme, mas não também não quero esquecer Certamente é último filme, ele mesmo pode não ter gostado de “Golpe de Sorte em Paris” muito embora o cenário seja o mais belo impossível
A literatura nunca me salvou, o cinema sim, essa coisa magica, que nos faz esquecer quem somos para entrar nas telas e sair delas como acontece em “A Rosa Purpura do Cairo”. Lembra quando Mia Farrol sai da tela e viaja pelas ruas?
Em “Golpe de Sorte em Paris” Allen volta ao tema sorte/acaso/destino, presente também em filmes como Match Point” (2005), mas Match Point é um excelente filme.
Este é o novo Woody Allen em sua última perfomance, fazendo um filme longe das multidões enlouquecedoras.
Recomendo assisti-lo com a intenção de questionar, refletir e se aventurar onde pode ou não haver respostas, mas o filme não agrada assim mesmo. Ou não está mais aqui quem falou?
Kapetadas
1 – Por que os homens não conseguem achar as coisas?
2 – Alguém em disse que amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do “pleito”.
3 – Ah! Esqueci os atores – pricipais – Lou de Laâge. Que faz a Fanny ; Valérie Lemercier, interpretaCamillel, a mãe da Fanny, Melvil Poupaud. O maldito Jean, marido da Fanny eNiels Schneider eu o Alain, amante da Fanny.
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MUDANÇAS - 25/09/2024