Hoje, estou sem assunto, muito embora o mundo esteja fervilhando suas maldades. Exemplos não faltam. Alhures e aqui, a coisa anda pegando ou cuspindo fogo.

Israel, comandado por um presidente da extrema direita, mata gente inocente no atacado; nos Estados Unidos da América, Trump, outra besta-fera da direita, embora mentindo descaradamente, ainda arranca suspiros de um montão de destemperados do juízo.

A direita também faz estragos por aqui. Toca fogo, arrebenta a lógica, vocifera preconceitos contra as mulheres, pobres, pretos e a comunidade LGBTQIA+, tenta destruir o estado democrático de direito, sonha com ditadores no poder, arregimenta incautos, chocalha seu rabo de cascavel encantando evangélicos e outros cristãos arrebatados pela enganação.

Mas como estou sem assunto, corrigirei o prumo. Relembrarei a cadeirada que candidatos atiram uns nos outros, ou a boa notícia, a de que o bolsonarismo decai e apodrece em plena Curitiba, o berço podre do Judiciário que corrompeu os procedimentos da justiça.

Mas, repito. Continuo perdido no devaneio de quem não tem assunto para falar. A não ser, a não ser dizer que o céu está azul, que João Pessoa deveria se chamar Nossa Senhora das Neves, que estou com saudades de pegar piabas no meu riacho Pé de Serra, de tomar banho de chuva nas biqueiras das casas, uma xícara de café com um pão doce mergulhado dentro. Jogar bola no campinho de Areias, ouvir Caetano Veloso, ler uma crônica de Kubitschek Pinheiro, ou uma das suas kapetadas.

Ah, esqueci de dizer: as formiguinhas inteligentes não votam em candidatos ou candidatas da direita. Nem eu. Vade retro!

@professorchicoleite

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