João Pessoa, 05 de outubro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
No supermercado, lembrei do amor. Enchi um carrinho com coisas do amor, biscoitos, geleias e bombril, para arear as panelas. Também meti umas maçãs verdes, tomates e pimentões – odeio pimentões, mas foi só para disfarçar.
Amor não tem casa, nem se casa. Larguei a ideia.
O amor não espera, ele nos manda para esquecimento. Você esqueceu de me amar ou não soube me amar? Não, o amor tem prazo, digamos, o amor não faz caridade.
No carro, um tema do The Doors, Love Me Two Times, cuja letra fala de um homem que está indo para o Vietnam e pede a sua amada que o ame duas vezes, mas ai chega o esquecimento.
Segundo Chistian Dunker, o amor é afrodisíaco, é quando o sexo se torna melhor, mais intenso e de melhor qualidade. Seria o Tantra?
O amor não vem do Wikipédia, claro, mas falta o que verdadeiramente não interessa mais, cultivar o amor.
O amor nos tempos do esquecimento é bem cruel. Olhar para uma pessoa com Alzheimer, se deparar com o esquecimento dos amores, é pior que matar o amor.
O amor nos tempos do esquecimento popularizado pela canção de João Gomes. É mais ou menos assim: “Vem matar logo eu de beijo, enquanto te vejo acabo com a saudade”
O amor esquecido, deixado para trás, é quando você despreza um amigo. Lágrimas que caem depois do riso, e tantos sonhos, tantas enganos. O esquecimento do amor é o que permea a implacável passagem do tempo.
Corações partidos, por palavras que ficaram por dizer, no esquecimento, quando o amor vira o fantasma de um romance já lido. Vira a página.
Demasiado cedo desaparecido pelo que não se diz, o amor é efêmero como promessas vãs.
Enfim, ao amor é muita coisa, mas onde estávamos?
Kapetadas
1 – Imagens que trazem o esquecimento. – a falta de zelo, abraços.
2 – Eu li que o final da Operação Território Livre, revela que dinheiro sujo não traz felicidade, mas ajuda a responder o processo em liberdade.
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OPINIÃO - 22/11/2024