A necessidade de ordem é uma caretice, mas a vida é uma ordem, já dizia Drummond. Sexo com amor não é careta, mas é bom saber o que dizer
e o que não dizer, na frente das crianças – bem lembrou Caetano Veloso.

Obsessão por resultados é caretice, desenvolvimento acima de tudo no Brasil é caretice porque é só promessa, e dançar conforme a música é caretice total

Submeter-se às circunstâncias é caretice, comentar a comedia da vida do outro é caretice, conformar-se com o inevitável também é caretice.

Se achar o máximo é caretice, que os fins justificam os meios é mais que caretice.

Achar que Deus dá o frio conforme o cobertor é caretice, ser homofobico não caretice, é crime –  pensar que Deus ajuda quem cedo madruga, sei.. é caretice.

Contar o final do filme não é caretice,  mas imaginar que o prazer é uma compensação pelo trabalho é pura caretice.

Acreditar que o só o esforço valoriza a conquista é caretice. Dizer cada um com seus problemas é caretice. Se você pode ajudar, ok, mas esse tal de “tamojunto” é caretice e cada um por si e Deus por todos é muita caretice.

A caretice é uma doença e o remédio é desastrar-se. Aliás, desastra é verbo, viu?

Ria-se muito na belle époque em que erámos crianças e erámos felizes.

Só as crianças não são caretas.

Kapetadas

1 – O álcool não é ruim, ruim é o bêbado.

2 – A vitalidade só tem um defeito: não é vitalícia.

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