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Mercado imobiliário da PB prevê prejuízo com redução no financiamento da Caixa

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publicado em 16/10/2024 ás 17h24
atualizado em 16/10/2024 ás 19h03

A decisão da Caixa Econômica Federal em reduzir a cota de financiamento para imóveis de até R$ 1,5 milhão e aumentar a exigência de entrada dos compradores pode resultar em implicações no mercado imobiliário e na economia em geral. O alerta foi feito pelo diretor-secretário do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, Rômulo Soares.

De acordo com o especialista, o primeiro deles é a dificuldade de acesso à casa própria, pois diante da redução da cota de financiamento, potenciais compradores podem encontrar mais dificuldades para adquirir imóveis, sobretudo as famílias de classe média e baixa, que não têm condições de dar uma entrada substancial.

“Mas também imóveis com preço de até R$ 1,5 milhão estão em um segmento que pode ser sensível a essas mudanças, já que a demanda por esses imóveis pode diminuir se os compradores não conseguirem financiar a parte necessária do valor total. Isso pode levar a uma desaceleração nas vendas e até mesmo a uma queda nos preços”, acrescentou.

Segundo ele, exigir uma entrada maior pode incentivar os compradores a economizar mais antes de realizar a compra, o que pode promover uma maior saúde financeira e planejamento a longo prazo, mas também pode atrasar a realização do sonho da casa própria.

Como reagir?

Rômulo Soares defende que o setor da construção civil e os incorporadores possam reagir a essas mudanças ajustando suas estratégias de venda, oferecendo ainda mais condições atrativas para facilitar o financiamento ou adaptando seus lançamentos para atender a um perfil de comprador que consiga arcar com a nova realidade de financiamento.

Para ele, as medidas anunciadas pela Caixa na última terça-feira (15), podem refletir uma tentativa de controlar os riscos de crédito, especialmente em um cenário econômico que pode estar enfrentando desafios, como alta inflação ou aumento das taxas de juros, como também ser um reflexo das condições econômicas atuais e a necessidade de ajustar as políticas de financiamento para garantir a estabilidade do sistema financeiro.

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