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Em JP, Bolsonaro provoca Lula, reduz atrito com Malafaia e diz que “não é bandido”

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publicado em 17/10/2024 ás 17h16
atualizado em 17/10/2024 ás 18h48
Foto: João Pedro Gomes

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpriu agenda, nesta terça-feira (17), em João Pessoa para fazer campanha para o ex-ministro da Saúde e candidato a prefeito da capital pelo PL, Marcelo Queiroga.

Em entrevista coletiva, Bolsonaro minimizou a crise com o pastor Silas Malafaia e provocou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao discursar, o ex-presidente criticou a condenação por inelegibilidade e afirmou que Lula não tem coragem de enfrentá-lo nas urnas.

“Foi um julgamento político para atender os interesses do presidente de plantão, porque não tem coragem de concorrer comigo e não tem nada para apresentar à população”, afirmou.

“Não sou bandido” 

Alvo de investigação por parte da Polícia Federal, Bolsonaro disse que “não é bandido” e buscou polarizar com Lula.

“Os caras ficam envenenando a população como se eu fosse o maior bandido do mundo. Não é que não acharam nada, não vão achar nada, muito menos golpe. O outro lado saiu da cadeia pra presidência, algo aconteceu de esquisito”, cutucou. 

Reação a Malafaia

Recentemente, um dos principais aliados de Jair Bolsonaro no país, o pastor Silas Malafaia, que chamou o ex-presidente de covarde por conta do resultado das eleições em São Paulo.

Em João Pessoa, o ex-presidente garantiu que já tinha se acertado com Malafaia. E acrescentou declarando que, no atrito entre os dois, só quem perde é o povo conservador.

“Troquei mensagem pelo whatsapp e voltei a falar com ele duas vezes por telefone. Dei por encerrado o assunto. E qualquer trito entre nós, quem perde é a operação de direito, a operação do conservador, só aquelas pessoas que querem, de fato, mudar o destino do Brasil” pontuou Bolsonaro.

Michelle no Senado?

Questionado sobre Michelle Bolsonaro e o próximo candidato para Presidência da República em 2026, Bolsonaro colocou seu próprio nome a frente, mas projetou sua esposa, Michelle para o Senado no Distrito Federal.

Tô há 17 anos casado com ela, é o meu segundo casamento. Graças a Deus vivo muito bem com ela e ela sabe da responsabilidade que é o executivo. Não só federal, como no município, pode ser até o menor município aqui da Paraíba, não é fácil você comandar. Muitas vezes o prefeito tem problema com a câmara de nove vereadores, imagine você com 594, ela sabe dessa responsabilidade. Ela não tem falado de vir candidata a nada, a não ser pra mim. Ela confessa que gostaria de talvez ser candidata ao senado para o Distrito Federal”, disse Bolsonaro

Sucessão na Câmara

O paraibano Hugo Motta teve um aceno positivo do PL (Partido Liberal) para assumir a presidência da Câmara. No entanto, Jair Bolsonaro apontou favoritismo para Arthur Lira, a quem diz ter “dívida de gratidão”.

“Já conversei com todos eles, decisão final é minha. Eu já fui deputado. Converso com Marinho que é o meu líder no Congresso, nós vamos discutir de novo isso aí, convidar a bancada. Não podemos deixar para o dia seguinte, se não vaza para a imprensa. Eu tenho uma simpatia muito grande pelo Arthur Lira como presidente. Quando precisei zerar os impostos federais o Lira me atendeu, se fosse outro cara nós teríamos dificuldade”, afirmou.

“Eu tenho uma dívida de gratidão com o Lira. O Lira foi direto e objetivo comigo enquanto presidente da Câmara. Tenho minha preferência entre os três, mas não vou passar por cima do meu Cabo ‘vei’ (Cabo Gilberto)”, finalizou Jair Bolsonaro.

João Pedro Gomes – MaisPB

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