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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

O fardo da infelicidade

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publicado em 05/11/2024 ás 09h01

A vida, às vezes, nos apresenta pessoas que nos fazem sofrer, que nos perseguem com palavras ou atitudes cruéis. Sentimos a vontade incontrolável de retribuir a dor, de confrontar, de fazer justiça com as próprias mãos. Mas, e se o verdadeiro ato de justiça fosse a compaixão?

Pensamos na raiva, na vingança, na retribuição justa por todo o sofrimento. Mas a verdade pode ser bem mais profunda e silenciosa. Aqueles que nos magoam, aqueles que insistem em nos perseguir, muitas vezes carregam um fardo muito maior do que a dor que nos infligem.

Eles podem estar aprisionados por suas próprias sombras, por pensamentos e ações que os corroem por dentro. Seus corações podem ser um campo de batalha, onde a tristeza e a amargura travam uma luta constante. Seu sofrimento pode ser tão intenso e tão silencioso que nem percebemos.

Perdoar não significa concordar com o comportamento, mas sim libertar-se do fardo da raiva, do desejo de vingança. Perdoar é reconhecer que a infelicidade do outro não justifica nossa dor, mas também não a anula.

A compaixão nos permite ver além da superficialidade, nos permite compreender que a fonte de sua maldade pode residir em uma profunda angústia interior. Perdoar é um ato de libertação, um ato de libertação para eles, mas principalmente para nós mesmos.

É um ato de reconhecer a nossa própria força e fragilidade, um passo em direção à cura e à paz.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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