João Pessoa, 05 de novembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A vida, às vezes, nos apresenta pessoas que nos fazem sofrer, que nos perseguem com palavras ou atitudes cruéis. Sentimos a vontade incontrolável de retribuir a dor, de confrontar, de fazer justiça com as próprias mãos. Mas, e se o verdadeiro ato de justiça fosse a compaixão?
Pensamos na raiva, na vingança, na retribuição justa por todo o sofrimento. Mas a verdade pode ser bem mais profunda e silenciosa. Aqueles que nos magoam, aqueles que insistem em nos perseguir, muitas vezes carregam um fardo muito maior do que a dor que nos infligem.
Eles podem estar aprisionados por suas próprias sombras, por pensamentos e ações que os corroem por dentro. Seus corações podem ser um campo de batalha, onde a tristeza e a amargura travam uma luta constante. Seu sofrimento pode ser tão intenso e tão silencioso que nem percebemos.
Perdoar não significa concordar com o comportamento, mas sim libertar-se do fardo da raiva, do desejo de vingança. Perdoar é reconhecer que a infelicidade do outro não justifica nossa dor, mas também não a anula.
A compaixão nos permite ver além da superficialidade, nos permite compreender que a fonte de sua maldade pode residir em uma profunda angústia interior. Perdoar é um ato de libertação, um ato de libertação para eles, mas principalmente para nós mesmos.
É um ato de reconhecer a nossa própria força e fragilidade, um passo em direção à cura e à paz.
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