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Deputados questionam PGR e defendem legalidade na eleição de Adriano Galdino

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publicado em 05/11/2024 ás 11h05
atualizado em 05/11/2024 ás 11h58
Foto: ALPB/Divulgação

Deputados estaduais das bancadas de oposição e da base governista minimizaram, na manhã desta terça-feira (05), a ação movida ontem (04) pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a anulação da eleição do deputado Adriano Galdino (Republicanos) para seguir na presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nos próximos dois anos.

+ PGR pede ao STF anulação de eleição antecipada da Assembleia da Paraíba

O tucano Fábio Ramalho (PSDB) afirmou ter sido “surpreendido” com o recurso da PGR. “Cada um aqui é maior de idade e sabe a decisão política e administrativa que tivemos nessa Casa. A nossa decisão foi sabendo a capacidade que a Mesa tem de administrar. Ninguém é obrigado a dizer sim, mas ao dizer o sim tem que se cumprir. Eu não acredito na anulação da eleição, porque fizemos em tempo hábil. Se for mais uma eleição, duas ou três, nas eleições que tivermos, o deputado Adriano Galdino pode contar Fábio Ramalho”, disse.

Já o governista João Gonçalves (PSB) apontou erro na peça apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco. “É um equívoco. Quando a PGR entrou, faltou verificar que a eleição do presidente foi antes que editaram a proibição. A lei não vai retroagir para prejudicar”, avalia.

Eduardo Carneiro, do Solidariedade, seguiu a posição da Ramalho e pontuou que em caso haja deliberação para um novo pleito, será algo “protocolar, para referendar o que já havia sido deliberado” anteriormente pelo Poder Legislativo. “A gente tem que ter palavra. Não pode ter camaleão, não será desmanchado. Terá meu apoio de qualquer jeito”.

O deputado Taciano Diniz (Avante) defendeu que a decisão do STF não deve anular da eleição do deputado Adriano Galdino, uma vez que a determinação do Supremo acontece após o pleito. “Respeito o judiciário, mas quando essa eleição foi realizada na ALPB não existia nenhuma jurisprudência do STF proibindo, até aquela data, o direito de vossa excelência, presidente Adriano Galdino, de concorrer à reeleição. Se outra eleição vier a acontecer, terá meu voto mais uma vez”, disse Taciano.

A deputada Cida Ramos (PT) lamentou a ação judicial e expressou preocupação com a possibilidade de insegurança jurídica gerada pela intervenção do Judiciário. “Acredito que o bom senso vai prevalecer e já reafirmo aqui meu compromisso com o deputado Adriano Galdino“, afirmou Ramos.

Na tribuna, Bosco Carneiro, do Republicanos, afirmou que a Paraíba cumpriu a legislação e indagou: “Depois de eleições realizadas, como é que agora o STF vem questionar a eleição em varias Assembleias Legislativas do Brasil?” O deputado também reforçou que, em caso de uma nova eleição para a presidência, votará novamente em Adriano Galdino pelo “competência, habilidade e compromisso com a Paraíba”.

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