João Pessoa, 09 de novembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Prefiro os amáveis, prefiro ser um deles, mas a pressa continua sendo a maior inimiga. Prefiro o frio ao calor, prefiro o sol bem cedinho, ao do meio dia.
E também o vento, a brisa. a paz.
Sobre saber mais, aprender mais, até para cobrir as maiores distâncias, nesse tempo em que falam tanto e, no entanto, nada a dizer.
O tempo às vezes parece escurecer aberto à ênfase ao embalo que me leva a frase, “Bom dia” – a canção diz que em tempos ruins, também se dá bom dia.
Da infância, o tempo e todo tempo possível – o lado de lá o sagrado e o de cá, cruel.
Aquilo que importa, que cativo, resiste sempre visto, e dependendo da hora se for suficiente paro e faço uma reflexão.
Não sei da canção dos bosques, sei da Rosa de Exupéry, da Rosa de Hiroshima do tempo do poema de Vinícius, em que se mandava abraços e beijinhos.
Mas o tempo é veloz, bate aqui na minha impaciência.
As tardes são mais longas, por isso gosto mais da noite, pela inclinação dos astros nos contornos que assumem a luz.
Persiste em mim um amor, nunca um rancor que atrai coisa ruim. Prefiro água doce, mas gosto do sal da terra.
O homem velho se parece comigo, cego, como um pai de primeira viagem.
Das vozes, dos ecos mais longevos, nunca os umbigos, melhor debulhar o trigo e do trigo, o milagre do pão.
Os que se acham tão vivos como dantes, jamais errantes, não passam da desilusão.
Toda essa proximidade, mais atento fico e vou buscar a beleza onde ela estiver.
Puxa vida! Já não sei mais escrever.
Kapetadas
1 – Olá! Passando pra lembrar que odeio posts que começam por passando pra lembrar.
2 – A voz do povo é a voz de Deus. Taí um provérbio que caducou.
3 – Ilustração Vincent van Gogh.
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OPINIÃO - 22/11/2024