João Pessoa, 11 de outubro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Não é só no nome. A grandeza de Campina não está apenas na inventividade de sua gente, na atipicidade do seu povo em professar amor irrestrito à terra natal e na revelante importância geo-econômica no mapa paraibano. Ela é Rainha porque cada um de seus súditos a veneram como se fosse singular e sem comparativos.
E essa grandeza que faz o diferencial de Campina em todas as searas. Na política, não é diferente. A cidade tem sido elemento chave nas definições eleitorais. Por isso, os olhares dos personagens influentes estão sempre voltados pra ela.
São de Campina os dois nomes que tendem a influir decisivamente no cenário eleitoral de 2014. Os futuros de Cássio Cunha Lima e Veneziano Vital são peças decisivas no xadrez eleitoral paraibano, por razões óbvias.
Está claro que o prefeito campinense trabalha sua candidatura ao Governo, apesar de sucessivas e estratégicas negativas. Vê um campo aberto e não abre mão de se beneficiar do campinismo na sucessão estadual. Cássio, com ou sem mandato, tem prestígio e PIB eleitoral para decidir o embate, prematuramente já vislumbrado.
Por aferir o tamanho de Campina nessa esfera, o governador Ricardo tem dedicado tempo, recomendado aos auxiliares injeção de recursos e formatação de projetos de vulto para a cidade. Começou ontem a anunciar medidas de impacto.
Arguto e sensato, ele sabe que dificilmente pode sonhar com a reeleição estando de mal com o eleitor campinense. A cidade tem notável senso político e costuma ser ríspida com quem não reconhece a dimensão do seu valor. Maranhão que o diga.
Dobradinha –
Circulam nas rodas de conversa em Campina Grande que a chapa do grupo Cunha Lima já está formada: Romero Rodrigues prefeito e Diogo Cunha Lima na vice.
A número 1 –
Dificilmente haverá alguma figura do círculo venezianista que consiga se mostrar mais competitivo do que a secretária Tatiana Medeiros. A dúvida reside no vice.
Maranhão, Veneziano e as visões distintas –
Pelo menos para uma coisa a especulação do suposto encontro entre os ex-governadores Maranhão e Cássio serviu. Mostrou que a Paraíba tem dois PMDB’s. Enquanto Veneziano descarta, qualquer aliança com o tucano, Maranhão já vê com bons olhos uma aproximação política com o filho do seu desafeto Ronaldo Cunha Lima.
Flerte público –
Em que pese a negativa do tal encontro, Maranhão foi traído pelo psicológico e deixou escapar nas entrelinhas que se sente seduzido pela possibilidade de voltar a caminhar com o Grupo Cunha Lima. Ontem, amplificou os acenos da semana passada.
Vazamento ‘proposital’ –
Apesar dos desmentidos, Heraldo Nóbrega insiste na credibilidade de sua fonte, um policial do serviço de inteligência da PM, especialista em condução de segurança de autoridades. “Acho que Maranhão mandou vazar”, aposta o veterano jornalista.
Revendo prioridades –
Fora do poder, o ex-governador Maranhão aos poucos tem encontrado tempo para cultivar hábitos que a rotina agitada não permitia em outros tempos.
Pai –
Maranhão, perto dos 80 anos, dedica agenda para cativar o lado paterno. Ultimamente, ele reserva horário diário para pegar o filho no Colégio Pio X.
Decolagem –
O prefeito Luciano Agra (PSB) manteve o bom humor ao comentar o “trem” do PMDB. Puxou o debate para uma área de Maranhão. “E se vier um avião?”
Especulação –
Até o fechamento desta edição, nem o Governo e nem o próprio secretário Rubens Aquino confirmaram demissão do cargo, como noticiou o Sindifisco.
Eles ficam –
Pelo o que a coluna captou, diante de acusações do Sindifisco, Rubens e seu adjunto Petrônio Rolim deixaram os cargos à disposição. Ricardo não aceitou.
Socorro –
O ministro Alexandre Padilha anunciou ontem, no Balanço Geral (rádio), a distribuição gratuita de remédios para hipertensão e diabetes na Paraíba.
Sinuca de bico –
Com dobradinhas políticas com Márcio Roberto e Gervásio no Sertão, o deputado Hugo Mota pisou em ovos e evitou comentar a cizânia entre os aliados.
Cobrando posição –
“Ou Gervásio retira a acusação ou o PMDB faz nota em favor de maranhão”. É o que defende o líder da Oposição em João Pessoa, Fernando Milanez.
Velho e novo –
Sempre que pode, o deputado Manoel Júnior lembra que vota com Zé Maranhão desde a década de 70 e ressalta a grande “experiência” do seu líder…
Construção do orçamento –
Ferrenho opositor do Governo, o deputado Anísio Maia (PT) defende que a bancada federal ouça o governador Ricardo, antes de apresentar as emendas.
PINGO QUENTE – “O PMDB consegue abrigar até flamenguistas e vascaínos”. Do deputado Benjamim Maranhão comentando a filiação da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, mas sem falar no acirramento do time dos maranhistas e dissidentes.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024