João Pessoa, 14 de novembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A memória é um refúgio onde o tempo não tem poder. Enquanto os dias se arrastam e as horas voam, ela nos permite reviver momentos e emoções que pareciam perdidos. Para as crianças, cada dia é uma nova aventura, e a memória, ainda fresca, guarda essas experiências como tesouros. Um simples riso, um passeio no parque ou a canção que toca ao fundo se transformam em fragmentos eternos de suas vidas.
Conforme crescemos, a passagem do tempo traz mudanças visíveis: envelhecemos, nossos filhos se tornam adultos e amigos se afastam. No entanto, dentro de nós, a memória preserva a juventude que deixamos para trás. Nos encontramos com antigos amigos e, por um instante mágico, somos transportados de volta àquela fase despreocupada da vida, onde a alegria era abundante e as responsabilidades pareciam distantes.
Os reencontros são como poções mágicas que ressuscitam o que pensávamos ter esquecido. Ao ouvir uma música familiar ou ver uma foto antiga, somos invadidos por sentimentos que nos conectam a quem éramos e ao que vivemos. A memória não é apenas um arquivo; é um grande abraço caloroso que nos envolve em nostalgia.
Despedidas são sempre difíceis porque carregam consigo o peso do que foi vivido. Embora o tempo possa suavizar as feridas, ele nunca apaga as lembranças dos amores e das amizades que moldaram nossa história. Aquilo que amamos permanece vivo em nós e pode ressurgir nos momentos mais inesperados – um cheiro familiar, uma risada compartilhada ou até mesmo em um lugar especial.
E assim seguimos em frente, cientes de que somos feitos da soma dos nossos afetos. Mesmo quando a vida nos leva para caminhos diferentes, deixamos marcas indeléveis na memória daqueles que amamos. Afinal, mesmo quando partimos, nossa essência vive eternamente nas lembranças de quem ficou.
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OPINIÃO - 22/11/2024