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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Silêncio que cura

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publicado em 15/11/2024 ás 07h00
atualizado em 14/11/2024 ás 19h35

Às vezes, o peso do mundo parece insuportável, e a única saída é desligar-se. As chamadas não atendidas e as mensagens não lidas se acumulam, mas tudo isso se torna secundário diante da necessidade de encontrar um espaço só meu. Não se trata de rejeitar a companhia dos outros, mas de me permitir o direito de respirar em meio ao caos.

A paz estranha que surge ao afastar-me do barulho cotidiano é revitalizante. É um momento em que posso sentir, sem a pressão de justificar minhas emoções. Nos dias em que até o mais suave dos sons se transforma em um fardo, compreendo que a pausa é essencial. Aceito essa necessidade interna e me permito sentar com meus próprios pensamentos, dando atenção ao que realmente pesa no meu coração.

Não é uma tarefa simples; enfrentar os sentimentos na solidão exige coragem. Contudo, é nesse silêncio que encontro a serenidade que tanto busco. Cada emoção expressa nesse espaço privado traz consigo uma nova compreensão de quem sou. Aos poucos, reúno os pedaços dispersos da minha essência e reencontro meu caminho.

A solitude não é um sinal de fraqueza, mas uma oportunidade de fortalecimento. É um convite para olhar para dentro e perceber que, mesmo em meio à tempestade, existe um porto seguro. E assim, ao encarar o que sinto, transformo a dor em aprendizado e a confusão em clareza.

Com o tempo, esse processo me torna mais forte e mais consciente do meu ser. Afinal, todos nós precisamos desses momentos de introspecção para redescobrir nossa verdadeira essência. A solidão pode ser um refúgio poderoso, onde renascemos e nos reconectamos com o que realmente importa.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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