João Pessoa, 18 de novembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A vida, em sua complexidade, muitas vezes se transforma em um fardo insuportável. A cada dia, nos deparamos com a superficialidade que nos cerca, como se tudo à nossa volta fosse uma encenação. As interações se tornam vazias, as risadas soam falsas e o respeito pela palavra alheia parece ter se evaporado. O que antes era conexão agora é apenas uma troca de conveniências.
Vivemos numa era em que o valor do indivíduo é medido pelo que ele possui, e não pelo que ele é. O dinheiro se tornou a única moeda de troca que importa, enquanto os sentimentos são relegados a um segundo plano. Observamos criaturas ao nosso redor, perdidas em suas próprias ilusões, incapazes de ver o reflexo de suas ações. A hipocrisia reina, e o egoísmo se disfarça de sucesso.
A tristeza e o desencanto se instalam em nossos corações quando percebemos que as relações humanas estão se deteriorando. As esperanças que tínhamos para um futuro melhor vão se dissipando, como fumaça ao vento. O mundo parece estar repleto de desilusão; a sinceridade foi substituída por disfarces confortáveis.
E assim, chega um momento em que decidimos que não vale mais a pena lutar contra essa maré. A decisão de partir, de deixar tudo isso para trás, torna-se uma possibilidade tentadora. Afinal, quem precisa carregar o peso da amargura? Ao olhar para trás, percebemos que não há tristeza na escolha de se afastar do que não nos serve mais.
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TURISMO - 19/12/2024